Por IAGO FONSECA
A Praça Povos do Meio do Mundo, próxima ao Monumento Marco Zero do Equador, na zona sul de Macapá, foi inaugurada na manhã deste domingo (4), durante as festividades do aniversário de 266 anos da capital.
A praça é composta por calçadas que formam uma espiral até o monumento central, que possui esculturas de quatro povos que deram origem a região. São representados os povos indígenas, negros, caboclos e ribeirinhos.
A pedagoga Ederlani Dutra, de 52 anos (foto acima), mora no Bairro Buritizal e foi até o meio do mundo contemplar o espaço. Ela contava os dias para a inauguração.
“É um ponto turístico interessantíssimo, que fala da nossa diversidade, da nossa diversidade cultural, que precisa ser bem lembrada. Muitas praças são só brinquedo, só diversão, é bom termos um lugar para lembrar um pouco do nosso povo, o nosso povo”, comemorou Ederlani.
Morador do Bairro Ipê, na zona norte, o aposentado de 69 anos, Davi Pinheiro, chegou cedo para conhecer. Para ele, o novo monumento é um presente para a cidade.
“Estou aqui para comemorar mais um dia de festa, nós estamos hoje em um dia especial e esse monumento é uma coisa fantástica”, comemorou o idoso.
O espaço foi construído em uma área de pouco mais de 5 mil metros quadrados. Além do monumento, a praça inclui área verde com sistema de irrigação e acessibilidade. O investimento foi de pouco mais de R$ 2 milhões de recursos municipais.
“Hoje é um dia histórico aqui para a nossa cidade, para o nosso estado, para a Amazônia. Estou muito feliz com esse dia. Isso realmente é uma obra emblemática para a cidade, que vai alavancar o nosso turismo, vai alavancar a nossa cultura, a nossa história, e quem ganha é a população”, avaliou o prefeito de Macapá, Dr. Furlan (Podemos).
O monumento central possui 17 metros de altura, por oito metros de largura. A obra foi esculpida por 15 artesãos sob coordenação do artista plástico J. Márcio. Cada parede possui um mosaico com as histórias, tradições, costumes, crenças, culinária e religiosidade de cada povo representado.
“Aqui era uma área que era abandonada. Era uma lama, uma poeira. Conversei com o J. Márcio e consultamos historiadores da Universidade Federal do Amapá, foi como decidimos o uso da área”, concluiu Furlan.