‘Tribunal do crime’ ordenou morte de eletricista da Equatorial, diz polícia

Criminosos usaram como isca um falso problema na rede elétrica da ponte onde ele foi executado, na zona sul de Macapá.
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Por OLHO DE BOTO

O eletricista Messias de Lima Cardoso, 29, funcionário da CEA Equatorial assassinado em serviço no último sábado (9), em uma área de pontes do Bairro Jardim Marco Zero, zona sul de Macapá, morreu por ordem do ‘tribunal do crime’, segundo a Polícia Civil do Amapá.

De acordo com o delegado Mauro Ramos, da Delegacia de Homicídios, no dia em foi morto, ele foi visto pelos criminosos fazendo serviços de manutenção na rede elétrica nas proximidades da região em que foi executado.

Ao ser reconhecido, os criminosos armaram uma ‘casinha’ para atraí-lo. Eles disseram à equipe da CEA Equatorial que estavam sem energia nas proximidades. Com boa vontade, Messias foi até local para resolver o suposto problema.

Messias tinha 29 anos e era morador de Santana. Foto: Redes Sociais

Eletricista foi assassinado em serviço. Foto: Redes Sociais

Delegado Mauro Ramos está à frente das investigações. Fotos: Olho de Boto

Ao se aproximar da área de pontes, ele foi rendido por homens armados e levado mais para dentro da Passarela Samuel Trajano de Souza e lá foi condenado à morte.

“As pessoas foram pessoalmente lá com eles, falaram que estavam precisando de uma ajuda urgente, e a equipe da Equatorial foi lá até o local, mas na verdade foram atraídos para lá, para que fosse feita essa situação que acabou acontecendo com a vítima”, narrou o delegado.

A investigação concluiu que o eletricista já havia tido envolvimento com o crime organizado, mas tinha deixado a vida de crimes e decidido trabalhar. Entretanto, não houve perdão do ‘tribunal do crime’. Messias foi morto com um tiro na têmpora – região lateral da cabeça.

Autor do disparo que matou eletricista morreu em confronto com o Bope

“A questão da motivação que leva ao óbito do rapaz, é a questão da vida pregressa dele. O rapaz teve envolvimento e acabou por ter rixas com membros de organizações criminosas. Ele realmente tinha saído dessa vida, ele tinha buscado já não participar mais desse tipo de coisa, só que infelizmente ele acabou sendo reconhecido e pagou por essa situação do passado”, confirmou Ramos.

Segundo ele, o autor do disparo foi Renan Pinheiro da Silva, o Dentinho, de 19 anos, que morreu ontem (13), ao resistir à prisão e trocar tiros com militares do Bope, no Bairro Araxá, nos arredores de onde ocorreu a execução do eletricista. Contudo, outras pessoas estão envolvidas também no assassinato e as investigações para identifica-los prosseguem.

Seles Nafes
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