Da REDAÇÃO
O homem apontado como o responsável por compras de uma facção criminosa do Amapá foi um dos alvos, nesta quinta-feira (14), da Operação Leviatã, deflagrada pelas forças policiais que integram a Ficco. De acordo com a Polícia Federal, o ‘gerente’ cuidava até do pagamento de tratamentos de saúde para familiares dos faccionados.
Os 30 mandados de busca e apreensão foram cumpridos por federais, policiais militares e penais em endereços no Infraero, Lagoa Azul, Congós, Santa Rita, Pacoval, Conjunto Miracema, Buritizal, Santa Inês, Beirol e no Macapaba, além de um em Santana (17 km de Macapá) e outro no Iapen.
O ponto de partida da operação foram mensagens encontradas no celular de uma liderança da facção que cumpre pena no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen). No aparelho, havia ordens dele para duas pessoas influentes no grupo e abaixo dele na hierarquia da facção.
Um deles seria o responsável pela compra de drogas e armas, e pelo pagamento de consultas médicas e exames para famílias de membros da facção. Outro fazia cobranças dos lucros da venda de drogas.
“A Força Integrada identificou que esse líder orquestrava, por meio de seus dois braços direitos, uma rede criminosa que chegou a movimentar mais de R$ 3 milhões em menos de um ano. O dinheiro permaneceu em posse de terceiros, que podem ser caracterizados como ‘laranjas’, e também foi investido na criação de empresas estabelecidas em Macapá, mostrando indícios de tentativa de lavagem de capitais”, informou a Ficco em comunicado à imprensa.
Mucajá
Ainda pela manhã, a Ficco deflagrou outra operação, a Macaúba. Desta vez, o alvo foi o conjunto Mucajá, no Bairro do Beirol.
Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão contra suspeitos de comercializar e fabricar drogas, além de envolvimentos em roubos e porte ilegal de armas.
As duas operações envolveram mais de 100 policiais.