Medalhista de bronze, estudante amapaense projeta limpeza dos rios da Amazônia

Miguel Moreira, de 16 anos, desenvolve um projeto para limpeza de rios com sementes.
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Por IAGO FONSECA

O estudante amapaense Miguel Moreira, de 16 anos, medalhista de bronze na ‘Genius Olympiad’, uma competição internacional de projetos de nível médio sobre questões ambientais, pretende ampliar seu sistema de limpeza dos rios na Amazônia. Na sexta-feira (14), o jovem recebeu uma bolsa de estudos para o Instituto de Tecnologia de Rochester, nos Estados Unidos.

Miguel desenvolve há três anos um sistema que limpa e coagula a água utilizando agentes orgânicos das sementes da moringa oleifera. O sistema é composto por sachês que contêm as sementes trituradas. Adaptada em uma estrutura similar a uma embarcação, a ideia é utilizar o projeto futuramente para filtrar as impurezas dos rios da Amazônia.

“Todos queremos que essa ideia seja colocada em prática, por meio de patrocínio ou políticas públicas, para termos uma melhor qualidade de vida aquática e dos ribeirinhos que dependem dela. Enquanto o barco equipado com moringa oleifera passar, ele vai coagular e limpar as águas”, explicou Miguel.

Miguel apresentou o projeto internacionalmente pela primeira vez na semana passada, em Nova York, durante a feira de ciências conhecida como Olimpíada de Gênios. Segundo ele, o projeto foi bem recebido pelos pesquisadores internacionais.

Estudante disputou a Genius Olympiad em Nova York

Miguel conquistou o bronze

“Foi uma experiência incrível e única, pois foi minha primeira viagem para outro país. Poder apresentar meu projeto fora foi uma sensação incrível, pois o sonho de todo cientista é ter seu trabalho reconhecido”, celebrou o estudante, que, apesar de ter ganho a bolsa de estudos, ainda não tem certeza se irá viajar. “Ainda vou ver a possibilidade”, concluiu.

O projeto foi iniciado no laboratório da Escola Estadual Irmã Santina Rioli, em Macapá, com acompanhamento e orientações do professor Aldeni Melo. Atualmente no Instituto Federal do Amapá (Ifap), Miguel ainda recebe suporte acadêmico do professor, que atende cerca de 15 alunos na escola em diversas áreas do conhecimento.

“A gente desenvolve a partir do que o aluno traz como ideia inicial, exploramos possibilidades e caminhos. A proposta é justamente trabalhar o processo de alfabetização científica. No trabalho do Miguel, fizemos o teste no canal do centro e os resultados foram bem positivos e eficazes. Este é o terceiro projeto dele”, destacou o professor.

Seles Nafes
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