Por SELES NAFES
O Ibama recebeu da Petrobras um novo Plano de Proteção à Fauna (PPAF), no processo em que busca autorização para perfurar um poço exploratório na costa do Amapá. O plano anterior, segundo informou o Ibama, teria sido o principal motivo para que o licenciamento fosse negado, no ano passado.
A Petrobras pretende perfurar um poço a 2,8 mil metros de profundida, a 550 km da foz do Rio Amazonas, e a 170 km do município de Oiapoque. O trecho é chamado de “Margem Equatorial”, e está na mesma faixa geológica onde a Guiana Francesa já explora o óleo e ganha rios de dinheiro.
O Ibama ficou de avaliar as mudanças no plano, que visam proteger a fauna em caso de um eventual acidente. Entre as alterações, estão melhorias na capacitação de equipes do Centro de Reabilitação de Fauna e conclusão de espaços físicos do Centro de ‘Despetrolização’ (em Belém).
Mas pode surgir um novo obstáculo no caminho da petroleira. A Funai solicitou ao Ibama, depois de provocação, que os povos indígenas de Oiapoque sejam consultados no processo, o que demandaria mais tempo e a necessidade de audiências públicas e novos acordos.
O Ibama ainda não informou quando decidirá sobre a nova tentativa de licenciamento da Petrobras.