Lontra albina rara vira xodó de moradores em área de ressaca de Macapá

Animal tem sido filmado em companhia de outro da espécie, mas com outra cor, entre os bairros Congós e Zerão
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Por RODRIGO DIAS

Júnior Santos trabalha há décadas no ramo da construção civil. Há alguns dias, ele iniciou um serviço na área de ressaca da 11ª avenida do Bairro dos Congós, na zona sul de Macapá. Foi ali, em meio às palafitas, que ele se deparou com uma cena atípica.

Duas lontras estavam brincando e procurando alimento na região. Foi aí que o trabalhador se admirou, pois uma apresentava o corpo inteiro branco e o focinho cor de rosa – muito diferente das lontras e ariranhas que desfilam couro em tons mais escuros.

Júnior não pensou duas vezes. Pegou o celular e começou a gravar.

“Eu nunca tinha visto. É incrível, se alguém me contasse que existia branca eu não acreditava. Quando eu vi, fiz questão de filmar porque a gente fala para as pessoas e não acreditam, então, pra provar pros amigos, eu filmei. Fiquei admirado porque eu só tinha visto preta”, comentou Júnior.

O animal já havia sido filmado entre os bairros do Zerão e Congós. Dessa vez, o bicho apareceu por volta de 17h de quarta-feira (28) comendo uma cobra no encanamento da residência da dona de casa Darlene Marques.

Darlene em frente de casa, mostra onde a lontra estava comendo a cobra

Júnior com o celular usado para filmar o bicho raro: filmei porque as pessoas não acreditam

“Foi a primeira vez que filmei. Ela sempre aparecia por aqui, mas só dava pra ver o vulto. Agora fica aí brincando. Todos os vizinhos filmaram e eu também”, contou.

O Portal SN procurou Cláudia Regina da Silva, doutora em biologia do Núcleo de Biodiversidade do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa). Ela confirmou se tratar de um caso raro.

“Trata-se de um animal albino ou leucistico, da mesma espécie que a (cor) castanha que pode ser vista junto com ela em um dos vídeos. As formas leucisticas, principalmente na natureza são muito raras. Eu nunca tinha visto”, comentou.

Entretanto, Cláudia ressaltou que é preciso fazer um trabalho mais aprofundado para entender sobre o caso.

Seles Nafes
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