Por RODRIGO DIAS
Uma obra feita em cima de uma faixa de pedestres no Centro de Macapá tem causado polêmica. A imagem do empreendimento viralizou e dividiu opiniões nas redes sociais nos últimos dias.
O portal SN.com esteve, nesta terça-feira (1°), no local, que é no cruzamento de uma das vias mais movimentadas e importantes do centro comercial: Rua São José com Avenida Cora de Carvalho – bem na esquina do popular camelódromo.
A reportagem conversou com o proprietário do espaço, o empreendedor Valmir Aguiar. Ele contou que trabalha no local há 25 anos como camelô, vendendo lanches com seus filhos. Sobre a obra, justificou:
“A lanchonete sempre esteve aqui. O ponto estava muito baixo e as telhas corriam o risco de cair, então fizemos a reforma. A faixa existe há uns 5 anos. Quando a pintaram, a lanchonete já estava aqui há 25 anos. Fui pego de surpresa com a imagem viralizando, mas quero seguir os padrões e continuar trabalhando”, comentou.
Durante a manhã, agentes de fiscalização da Secretaria Municipal de Habitação e Ordenamento Urbano (Semhou) e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amapá (CREA-AP) estiveram no local para realizar inspeções.
“A atribuição do Crea é fiscalizar o exercício profissional. Nossa visita à obra tem o intuito de verificar se há um responsável técnico assinando pela estrutura, conforme a lei, garantindo que ela está segura e coberta por um profissional habilitado. Neste primeiro momento, fazemos a visita e deixamos o relatório de fiscalização, estabelecendo o prazo de 10 dias para a regularização”, explicou Fábio Dantas, agente de fiscalização do CREA-AP.
Houve um acordo entre a prefeitura e o empreendedor. Ele se comprometeu a recuar seu espaço e retornar à configuração anterior, com apenas uma calçada e uma área de trabalho.
A obra, que havia sido paralisada, deve continuar para a readaptação. No local, em meio à via, existem mais 50 espaços comerciais improvisados. Na outra ponta, com a Rua Cândido Mendes, uma assistência técnica também está parcialmente localizada sobre a faixa. Esse empreendimento também funciona há anos.
A ideia é permitir que os trabalhadores continuem atuando, mas sem prejudicar o passeio público.