Da Redação
O Portal SN ajuizou uma interpelação judicial contra o presidente da OAB do Amapá, Auriney Brito, que acusou o site de apagar supostos comentários nas redes sociais favoráveis a ele, sobre uma reportagem produzida pelo veículo.
Na semana passada, Auriney foi alvo de um protesto organizado por advogados em frente à sede da OAB, em Macapá. O ato teve como objetivo apoiar a diretora financeira da entidade, Roane Góes, que acusou o presidente de assédio moral institucional.
Roane, supostamente aliada a um adversário de Auriney, alega que foi impedida de acessar o sistema de gerenciamento financeiro e de contribuições dos advogados quando retornou de uma licença de saúde. Além disso, ela registrou um boletim de ocorrência e ingressou com uma ação na Justiça Federal para obter acesso aos documentos financeiros da OAB.
A crise acontece em meio às articulações para a renovação da diretoria executiva da seccional da OAB no Amapá. Auriney Brito está em seu segundo mandato como presidente, mas tem enfrentado uma crescente perda de apoio dentro da categoria, especialmente após uma série de denúncias. A mais recente delas envolve a esposa de Auriney, indicada pela OAB para o Conselho Penitenciário do Estado, que teria recebido mais de R$ 336 mil em salários.
A reportagem sobre o protesto em apoio a Roane Góes, descredenciada do sistema financeiro pelo presidente, teve ampla repercussão nas redes sociais, gerando dezenas de comentários.
Em resposta, Auriney Brito publicou uma nota, na qual acusa o Portal SN de ter apagado comentários favoráveis a ele — uma prática que o site nega categoricamente, afirmando nunca ter feito isso, nem mesmo quando os comentários são críticos ao veículo ou ao seu diretor, Seles Nafes, que assina a interpelação judicial contra Auriney.
Na petição conduzida pelo advogado Pablo Nery (etapa que antecede uma possível ação penal), o jornalista exige que Auriney Brito explique suas alegações.