Davi cobra ação enérgica do governo contra facções infiltradas nas eleições municipais

O senador citou candidaturas de prefeitos e vereadores suspeitos de envolvimento com o crime organizado
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Da REDAÇÃO

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (União), pediu ações urgentes do governo federal para combater a crescente infiltração de facções criminosas no sistema eleitoral brasileiro. Segundo ele, essas organizações têm utilizado empresas de fachada para participar de licitações e lançado candidaturas a cargos públicos, representando uma grave ameaça à democracia. Em Macapá, o caso mais famoso envolveu um candidato a vereador que foi preso pela PF.

Durante a reunião da CCJ, o senador destacou a necessidade de uma resposta imediata do Poder Executivo federal para enfrentar as ameaças feitas por facções criminosas, como ocorreu no Acre, onde o prefeito reeleito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL), foi intimidado por uma dessas organizações. O caso foi trazido à tona pelo senador Marcio Bittar (União Brasil-AC), que expressou preocupação com o crescente poder dessas facções no cenário político local.

Davi ressaltou que o Estado não pode se omitir diante dessas situações e que é essencial uma postura firme para combater a influência criminosa nas eleições.

“Precisamos de uma atitude enérgica do Estado contra esses movimentos de facções criminosas. Houve vários candidatos a prefeitos e vereadores envolvidos com essas organizações criminosas durante o período eleitoral”, afirmou.

Ele também se comprometeu a levar o caso de Bocalom ao Ministério da Justiça e Segurança Pública para que as ameaças sejam devidamente investigadas e combatidas. Alcolumbre lembrou ainda a declaração da presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, que garantiu que a participação de milícias e facções ligadas ao tráfico de drogas nas eleições seria enfrentada com a devida firmeza.

O senador destacou a gravidade da situação, afirmando que essas organizações criminosas têm atuado para limitar a liberdade de ação dos candidatos. “É um atentado à democracia quando facções criminosas impedem que o candidato A entre em um bairro sem pagar ou favorecem o candidato B, que tem vínculos com essas facções, permitindo que ele faça campanha livremente”, concluiu Alcolumbre.

A crescente preocupação com a atuação de facções nas eleições acende um alerta para a necessidade de medidas mais rigorosas por parte das autoridades, visando garantir a segurança do processo eleitoral e a integridade das instituições democráticas no Brasil.

Seles Nafes
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