Missionário baleado em assalto pede socorro, mas é ignorado

O crime ocorreu na Rua Santos Dumont, no bairro do Muca, zona sul de Macapá; bandidos ainda não foram presos
Compartilhamentos

Por RODRIGO DIAS e OLHO DE BOTO

Márcio Sousa da Silva, de 49 anos, acadêmico de Licenciatura em Matemática, foi morto a tiros durante um possível assalto na zona sul de Macapá, na tarde desta terça-feira (22). Mesmo ferido, ele tentou pedir ajuda, mas foi ignorado por motoristas e motociclistas que passavam pelo local.

O crime aconteceu no Bairro do Muca, onde Márcio morava. Câmeras de segurança de residências próximas registraram o momento em que ele, usando uma mochila, foi abordado por dois ciclistas na Rua Santos Dumont. Um dos assaltantes estava com uma camisa para cobrir o rosto.

Nas imagens, a vítima e os criminosos desaparecem em um ponto cego das câmeras. Logo depois, outro equipamento de segurança mostra Márcio correndo, ensanguentado, e estendendo as mãos pedindo socorro.

Ele chega a sentar em uma calçada e continua solicitando ajuda para quem passava, mas os veículos seguiram sem parar. Somente depois de algum tempo, curiosos se aproximaram e formaram uma aglomeração ao redor de Márcio quando ele já estava inconsciente.

Dois criminosos passam pela vítima e voltam para abordá-lo

Márcio sentou na calçada e pediu ajuda para motoristas. Nenhum parou

Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada e o levou ao Hospital de Emergência de Macapá. Ele chegou ao hospital em estado grave, com um tiro que atravessou o tórax e outro que atingiu a coxa direita. Apesar dos esforços da equipe médica, incluindo procedimentos de ressuscitação cardiopulmonar (RCP), Márcio não resistiu aos ferimentos.

O Portal SN apurou que Márcio era missionário da Igreja Assembleia de Deus, além de acadêmico de matemática e especialista em segurança no trabalho. A polícia ainda não informou se os suspeitos foram presos.

Márcio era missionário…

…e estudante

O caso gera comoção e levanta questionamentos sobre a indiferença da população frente a situações de emergência e violência urbana. O caso será investigado pela Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio (DECCP). 

Seles Nafes
Compartilhamentos
Insira suas palavras de pesquisa e pressione Enter.
error: Conteúdo Protegido!!