Secretário de segurança pública fala da motivação para morte de missionário

Cúpula da segurança pública deu entrevista coletiva sobre o caso para a imprensa amapaense.
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Por RODRIGO DIAS

Após a prisão de Clebson Silva Rodrigues, 22 anos, que confessou ter assassinado o missionário Márcio Sousa da Silva, 50 anos, o secretário de Justiça e Segurança Pública do Amapá, José Neto, falou que já tem algumas linhas de investigação para a motivação do crime que causou grande comoção no estado.

A principal delas é que o missionário, de alguma forma, estaria sendo considerado por membros do crime organizado como um empecilho à comercialização de entorpecentes no Bairro do Muca, comunidade onde a vítima morava e foi morta a tiros na tarde ontem (22).

O secretário e a cúpula da Segurança pública falaram com a imprensa amapaense sobre o caso nesta manhã de quarta-feira (23).

Secretário de Justiça e Segurança Pública do Amapá, José Neto. Fotos: Rodrigo Dias

“Conseguimos dar uma resposta a um crime tão bárbaro. Logo após tomarmos conhecimento desse fato, já entramos em contato tanto com as inteligências das Polícias Militar e Civil. O pessoal trabalhou o dia todo e essa atuação integrada e coordenada entre as polícias nos permitiu identificar os executores. Uma equipe da Rotam prendeu o primeiro suspeito à noite, e ele confessou a prática criminosa. Disse que não conhecia previamente a vítima e que estava cumprindo uma ordem, para quitar uma dívida por drogas”, informou José Neto.

Ele também reforçou que, embora o suspeito tenha apresentado essa versão, outras possibilidades ainda estão sendo investigadas pela Polícia Civil, incluindo a hipótese de que Márcio tenha sido confundido com outra pessoa ou que, de alguma forma, fosse considerado um obstáculo pelas facções criminosas locais.

Clebson Silva Rodrigues

Márcio era missionário

“Pelo perfil da vítima, acreditamos que ele pode ter sido confundido ou que os criminosos acreditavam que ele estava colaborando com as forças policiais, ou, de alguma forma, os criminosos acreditavam que ele poderia estar atrapalhando o comércio de entorpecentes naquela região. De qualquer forma, esse caso será investigado a fundo, e já há suspeitos de quem seriam os mandantes”, completou o secretário.

A prisão de Clebson Rodrigues foi realizada em uma operação da Polícia Militar, que contou com o apoio da mãe do suspeito. O comandante da PM, coronel Costa Júnior, explicou que a colaboração familiar foi essencial para o sucesso da ação.

Comandante da PM, coronel Costa Júnior

“Nós conseguimos as informações, falamos com a mãe, e ela entendeu o cenário em que o filho estava envolvido. Através dela, soubemos onde ele estava, e a viatura da Rotam prosseguiu até o local e efetuou a prisão”, relatou o coronel.

Ele também destacou a importância de continuar as investigações para capturar o segundo suspeito, conhecido como JP, que estaria com a arma do crime.

Seles Nafes
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