Por SELES NAFES
O deputado estadual Hildegard Gurgel (REP) se manifestou por meio de uma nota de esclarecimento após a apreensão de um veículo de sua propriedade pela Polícia Civil do Amapá, onde foram encontradas drogas, dinheiro e uma arma de fogo. O automóvel, conduzido por um assessor parlamentar do deputado, foi interceptado durante a “Operação Protetor”, realizada pelas forças de segurança estaduais.
De acordo com a assessoria do parlamentar, o veículo não pertence à Assembleia Legislativa do Amapá (Alap) e tampouco é custeado com recursos do gabinete do deputado. Na nota, Hildegard Gurgel reafirmou sua confiança no trabalho da polícia e informou que o responsável pelo incidente deverá responder individualmente pelos seus atos.
“O veículo envolvido na ocorrência policial não tem qualquer vínculo com a Assembleia Legislativa e as medidas relacionadas ao autor do delito são de sua exclusiva responsabilidade”, afirmou a nota.
O episódio ocorreu na Rodovia Duca Serra, quando policiais militares notaram o veículo, uma picape, em alta velocidade, saindo do Bairro Acquaville, em Santana. A atitude suspeita levou os agentes a interceptarem o carro, após sinais sonoros e de luz. Durante a abordagem, os policiais encontraram diversos papelotes de uma substância semelhante a crack, uma quantia em dinheiro, celulares e um revólver calibre 38.
O motorista, identificado como Amadeu Moraes de Souza Junior, assessor do deputado Hildegard Gurgel, estava acompanhado de Semiana Maciel Chagas. Ambos foram presos em flagrante e levados ao Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) de Santana. Eles devem responder pelos crimes de tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo e direção perigosa.
Segundo o delegado Jurandir Bentes, responsável pela operação, o assessor afirmou em depoimento que o veículo estaria à disposição da Assembleia Legislativa, especificamente do gabinete do deputado Gurgel, mas a administração da Alap rapidamente esclareceu que o carro não faz parte do patrimônio do legislativo estadual. O delegado também relatou que, durante a abordagem, o deputado compareceu ao local e sugeriu que as substâncias encontradas no veículo poderiam ter sido “plantadas”, o que foi descartado pelos agentes.