Da REDAÇÃO
A Polícia Federal descobriu um esquema de exploração ilegal de areia para construção civil que pode ter movimentado mais de R$ 5 milhões em atividades ilícitas no Amapá.
As investigações tiveram início em 2022, após a prisão em flagrante de um indivíduo que estava extraindo areia ilegalmente na região do Areal Boa Vista, no município de Itaubal, a 102 km de Macapá.
Na ocasião, a Polícia Federal começou a monitorar a atividade e a movimentação financeira dos envolvidos. Dois anos depois, em 2024, outro flagrante no mesmo local resultou na prisão de três pessoas, que foram encaminhadas à Superintendência da PF no Amapá. Esses tipos de crimes são caracterizados como usurpação de bens da União.
As apurações resultaram na Operação Movediça, que na manhã desta quinta-feira (24) cumpriu três mandados de busca e apreensão no Bairro Jardim Felicidade, zona norte de Macapá.
Há suspeitas de lavagem de dinheiro, segundo nota acerca da operação de hoje divulgada pela PF. Conforme apurado pelos investigadores, uma empresa estaria envolvida na exploração ilegal e no uso de seu patrimônio para disfarçar e lavar dinheiro proveniente dessa atividade ilícita.
O prejuízo estimado aos cofres da União é de mais de R$ 5 milhões, decorrente da extração não autorizada de recursos naturais, um crime que envolve a apropriação de bens que pertencem ao governo federal.
Os investigados poderão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro e usurpação de bens da União. Se condenados, eles podem enfrentar até 15 anos de reclusão, além de serem obrigados a pagar multas pelo prejuízo causado.
As investigações continuam, com a PF buscando identificar outros possíveis envolvidos no esquema e rastrear o destino dos valores movimentados.