Por OLHO DE BOTO
Um criminoso recém-libertado da penitenciária, onde cumpria pena pelo assassinato e esquartejamento do companheiro de sua ex-mulher, foi morto em confronto com militares do 2º Batalhão na sexta-feira (25), no Bairro Amazonas, na zona norte de Macapá.
Além de homicídio, Ismael Carlos de Oliveira Morais, conhecido como “Jamaica”, de 25 anos, respondia a várias acusações, incluindo roubo, furto, ocultação de cadáver e tráfico de drogas. Em liberdade condicional desde o dia 16, Jamaica estava reunido com outros suspeitos na Rua Itaquatira, próximo a um buraco no muro de uma área cercada por vegetação densa, usada como rota de fuga por criminosos.
Segundo informações repassadas à polícia, o grupo estava armado e intimidava pedestres. Ao chegar ao local, a patrulha foi recebida a tiros e respondeu à agressão. Os policiais relataram que pelo menos quatro suspeitos fugiram pela mata, entre eles Guilherme Torres de Oliveira, conhecido como “Beiço”, um velho conhecido das forças de segurança com passagens por roubo à mão armada, tráfico de drogas, ameaça e tentativa de latrocínio.
Após o tiroteio, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e confirmou a morte de Jamaica no local. Com ele, além da arma usada no confronto, foram encontradas porções de drogas.
Homicídio
Entre os crimes atribuídos a Jamaica está um assassinato ocorrido em 27 de maio de 2020, na cidade de Tartarugalzinho, a 230 km de Macapá. Na ocasião, ele foi preso em flagrante e confessou ter matado e esquartejado o companheiro de sua ex-mulher durante uma bebedeira. Jamaica também foi autuado por ocultação de cadáver. A vítima, Charles Mendonça do Amaral, de 43 anos, foi encontrada dentro de um poço em um terreno baldio, no “Morro dos Macacos”.
Segundo Jamaica, o crime teria sido motivado por ciúmes após ele presenciar uma briga entre a ex-companheira e Charles. Em depoimento, o acusado confessou a brutalidade:
“Cortei primeiro a mente dele, depois o pescoço, as pernas e o bucho. Eu me arrependo um pouco, mas ele queria brigar comigo e bater na minha cara.” Jamaica também afirmou ter agido sozinho e que removeu as vísceras para que o corpo não boiasse, jogando as partes esquartejadas no poço.