Ibama admite avanços, mas pede novos dados para exploração de petróleo no AP

Instituto considera que houve avanços sobre tempo de resposta em caso de acidentes, mas diz que faltam outras informações
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Por SELES NAFES

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) fez um novo pedido de esclarecimentos à Petrobras sobre o processo de licenciamento ambiental para a perfuração de poços em busca de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas. A solicitação foi encaminhada nesta terça-feira (29), após a estatal apresentar um detalhamento do seu Plano de Proteção à Fauna no início de agosto.

Embora o Ibama tenha reconhecido avanços na documentação, especialmente na redução do tempo de resposta em caso de vazamentos, o órgão destacou a necessidade de mais detalhes sobre a adequação do plano às Boas Práticas de Manejo de Fauna Atingida por Óleo. Entre as exigências, estão a presença de veterinários nas embarcações e a quantidade de helicópteros disponíveis para emergências.

A Bacia da Foz do Amazonas se estende entre a fronteira do Amapá com a Guiana Francesa até a Baía do Marajó, e abriga o polêmico bloco FZA-M-59. Esse bloco faz parte da Margem Equatorial, que inclui cinco bacias sedimentares, e a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) identificou 41 blocos com potencial de exploração na região.

A Petrobras já teve pedidos de licença para perfuração negados, e a discussão sobre a exploração na Bacia da Foz do Amazonas ganhou força após a nomeação de Magda Chambriard como nova presidente da estatal, além de declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em apoio à exploração.

O Plano Estratégico da Petrobras para 2024 a 2028 prevê investimentos de US$ 3,1 bilhões e a perfuração de 16 poços, com o bloco FZA-M-59 como um dos focos principais. No entanto, os riscos associados à perfuração na região, incluindo o histórico de acidentes ambientais, levantam preocupações.

O Ibama alega que o tempo de deslocamento para atendimento a emergências em caso de acidentes varia entre 22 e 31 horas, o que pode ser crítico em situações de vazamento.

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