Por SELES NAFES, de Paramaribo
Suriname, Guiana Francesa e Amapá têm mais em comum do que a vizinhança geográfica, biodiversidade amazônica e uso dos mesmos recursos hídricos. Em dialetos indígenas, os nomes dos três traduzem a mesma peculiaridade: “lugar de muitas águas” e “lugar onde chove muito” (no caso do Amapá).
Os três também estão conectados por quatro bacias hidrográficas, incluindo o Marroni e o Oiapoque, onde o doutor e diretor da Fundação de Amparo à Pesquisa, Gutemberg Vilhena, criou o projeto From Guianas, financiado pelo CNPq.
Em Oiapoque, a iniciativa encontrou um de seus principais desafios: o recolhimento e a destinação adequada de resíduos da pesca praticada por mais de 1 mil embarcações na fronteira entre o Brasil e a Guiana. Todos os dias, os pescadores jogam no rio apetechos da pesca e, principalmente, recipientes de óleo diesel.
A ideia foi apresentada nesta sexta-feira (1º) pelo presidente da Fapeap, Gutemberg Vilhena, num dos painéis da Bio-Plateaux, conferência em Paramaribo (Suriname) financiada pela comunidade europeia para mitigar os efeitos das mudanças climáticas.