13 anos depois do crime, servidor de universidade é preso por estuprar criança

Abusos teriam ocorridos entre 2011 e 2012, quando a vítima tinha entre 4 e 5 anos de idade. Acusado foi preso pela equipe da 8ª DP da capital do Amapá.
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Da REDAÇÃO

Um homem de 56 anos, servidor da Universidade Estadual do Amapá, foi preso nesta quarta-feira (6) condenado por estupro de vulnerável, crime que teria ocorrido 13 anos atrás. Ele não teve o nome divulgado pelas autoridades.

O indivíduo foi localizado em sua residência, no Bairro Novo Buritizal, zona sul de Macapá e deve passar por audiência de custódia ainda hoje. Apesar desse protocolo, a tendência é que seja encaminhado ao Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) para começar a cumprir a pena de 20 anos de cadeia – inicialmente em regime fechado.

A prisão foi feita nesta manhã pelos agentes da 8ª Delegacia de Polícia da Capital. Segundo o delegado Alan Moutinho, o agressor era companheiro da avó da vítima. Ele teria se aproveitado desta proximidade para cometer os abusos.

Moutinho contou que durante os anos 2011 e 2012, quando a vítima tinha entre 4 e 5 anos de idade, os abusos eram constantes.

“Os abusos aconteciam em sua maioria quando o infrator levava a vítima de carro para comprar pão. Consistiam em tocar as genitálias da criança, retirar a calcinha e esfregar suas partes íntimas no local, e ainda indagava a menor sobre que dia iriam casar’’, detalhou o delegado.

Delegado Alan Moutinho, titular da 8ª DPC

Em 2021, a vítima, já com 14 anos, confidenciou o trauma à uma prima, que por sua vez revelou à mãe da criança. Foi, então, que a genitora procurou a delegacia. A polícia investigou a denúncia.

Segundo os autos do processo, o infrator tentou realizar conjunção carnal com a mesma o que só não foi possível devido a pouca idade que possuía à época dos fatos. Além disso, o homem dava presentes à criança para que ela não revelasse o crime a ninguém. O delegado fez um alerta aos pais.

‘’Os abusos acontecem na maioria das vezes por pessoas próximas que inclusive tem a confiança dos pais ou representantes legais da vítima, é um tio, um primo, avô, padastro, vizinho, irmão, e até o pai. E isso só é possível devido a pouca vigilância dos pais sobre o menor, e ocorre justamente pela confiança que o criminoso detém dos responsáveis. Por isso, por mais inconveniente que você pareça ser, não permita que seus filhos andem sem a sua vigilância, verifique o seu comportamento, suas notas, o diálogo aberto com os filhos faz diferença. Essas medidas não impedem que o crime aconteça, mas sem dúvida, reduzem as chances’’, aconselhou Alan Moutinho.

Fraude

Segundo a polícia, o funcionário da UEAP preso hoje também responde um processo por um esquema fraudulento milionário de emissão de falsos diplomas. Ele chegou a ser preso pelo crime em 2021 – a mesma época em que foi denunciado pelo estupro da neta da ex-companheira.

Motos e …

.. coleções de relógios foram apreendidos à época

De acordo com a polícia, o esquema durou 7 anos até ser descoberto, após emitir 62 mil diplomas falsos. Com a participação de outros funcionários, a fraude deu lucros de R$ 20 milhões aos fraudadores.

A investigação foi batizada de Operação Graduatio, que no dia da deflagração apreendeu motos esportivas, carros de luxo, joias em ouro, coleções de relógios e outros artigos de luxos nas casas dos funcionários da universidade.

Seles Nafes
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