Por SELES NAFES
A morte de uma cadela vira-lata, apelidada de “Caramelo”, provocou polêmica em um condomínio na zona oeste de Macapá, onde outros episódios de morte de animais já haviam sido registrados. A suspeita é de que a cachorra, idosa e acostumada a perambular pelas ruas, tenha sido envenenada.
Caramelo vivia no local há cerca de dois anos, circulando entre as residências do condomínio Marabaixo Park Residence, no bairro do Marabaixo. Embora sua presença incomodasse alguns moradores, não há relatos de ataques por parte do animal.
“Como ela era idosa, ela latia bastante. Até para mim ela latia, mas, na maioria das vezes, era porque queria carinho. Nunca atacou ninguém”, afirmou uma moradora.
A cadela era alimentada por vários moradores, mas não gostava de ficar presa, preferindo a liberdade pelas ruas do condomínio. No entanto, sua presença gerou conflitos, com alguns vizinhos fazendo ameaças de tomar medidas mais drásticas contra ela. Na manhã de hoje, Caramelo foi encontrada morta, e seu corpo foi deixado ao lado da lixeira do condomínio. Algumas testemunhas afirmam terem visto o animal vomitando sangue momentos antes.
Diante do ocorrido, algumas famílias exigiram que a administração do condomínio acionasse a polícia e solicitasse uma perícia para investigar o caso. Contudo, nenhuma medida concreta foi tomada.
No início da tarde, a direção do residencial enviou uma mensagem no grupo de moradores com duas sugestões:
“Boa tarde!
Depois de entrar em contato com a polícia e ser encaminhada para alguns órgãos públicos, fui orientada a duas possibilidades: congelar o animal para aguardar as investigações ou enterrá-lo e deixar a polícia investigar sem a perícia. Algum vizinho se prontifica a congelar e armazenar o corpo? Caso contrário, vamos enterrar, porque a associação não tem condições para tal.”
A situação gerou indignação entre os moradores que defendiam a cadela, enquanto outros preferem que o caso não seja levado adiante. A morte de Caramelo reforça um histórico de polêmicas envolvendo maus-tratos a animais no condomínio, onde gatos já foram mortos com características semelhantes.
Em 2021, em caso parecido envolvendo outro condomínio na zona oeste, a Delegacia de Crimes de Meio Ambiente (Dema) chegou a abrir um inquérito para apurar a morte de gatos, supostamente envenenados, mas ninguém foi indiciado.
Após a publicação da reportagem, a diretora do condomínio Marabaixo Park Residence, Rafaela Cristina, entrou em contato com o portal para afirmar que o animal atacava moradores. Ela ficou de repassar mais detalhes posteriormente sobre quais providências legais já foram tomadas.