Da REDAÇÃO
Um homem de 33 anos, residente no estado de São Paulo, foi preso após usar uma falsa consulta espiritual gratuita como isca para extorquir financeiramente uma mulher de 44 anos], moradora de Macapá.
O crime, ocorrido em julho de 2024, teve início com interações virtuais, onde o suspeito conquistou a confiança da vítima e obteve informações pessoais e imagens enviadas por ela.
Segundo a Polícia Civil do Amapá, prometendo uma consulta espiritual sem custo, o suspeito iniciou um diálogo com a vítima e gradualmente ganhou sua confiança. Segundo as investigações, a vítima queria que o falso guru espiritual fizesse uma mandinga para que o seu ex-namorado se separasse da atual namorada.
O golpista então pediu imagens e dados pessoais do atual casal, para que pudesse fazer o ‘trabalho’. Assim que a vítima forneceu essas informações, ele passou a exigir dinheiro, alegando que o serviço espiritual tinha um custo: R$ 600.
Quando a vítima questionou a cobrança, o homem intensificou as ameaças, prometendo divulgar as imagens do casal nas redes sociais de Macapá caso não recebesse o pagamento.
Apesar da vítima realizar um pagamento inicial, R$ 80, o suspeito não cumpriu o acordo e publicou fotos e prints em redes sociais de Macapá e Santana. A mulher então registrou denúncia na Delegacia Especializada nos Crimes Contra o Patrimônio (DECCP), que deu início a uma investigação detalhada.
Com base nas informações fornecidas pela vítima, a polícia analisou mensagens, rastreou transações financeiras e identificou o suspeito, que foi indiciado por extorsão.
O delegado responsável pelo caso, Leandro Vieira Leite, destacou a importância da cautela em interações online e reforçou que crimes como este mostram os riscos de compartilhar informações pessoais com desconhecidos.
“Casos como este mostram como a confiança pode ser usada como ferramenta de extorsão”, afirmou o delegado. Ele orientou a população a evitar o envio de dados íntimos e a procurar a polícia imediatamente em situações de chantagem.
O inquérito policial já foi encaminhado ao Poder Judiciário para análise e prosseguimento. A prisão do suspeito serve como alerta sobre os perigos de interações aparentemente inocentes na internet, que podem ser utilizadas para práticas criminosas.