Por SELES NAFES
O Banco do Brasil adotou uma estratégia de comunicação para mitigar os efeitos do escândalo envolvendo um de seus gerentes no Amapá. Em mensagem genérica enviada ao Portal SN nesta sexta-feira (22), a assessoria de imprensa do banco evitou comentar sobre os crimes e a investigação em torno do funcionário, mas deu a entender que está fazendo a apuração dos fatos.
“O Banco do Brasil possui processo estruturado para apuração e análise de denúncias de irregularidade envolvendo a conduta de funcionários do Banco. Tais apurações são conduzidas sob o aspecto disciplinar segundo Normativos Internos e preveem soluções administrativas passíveis de aplicação, que vão desde a advertência até o desligamento da empresa”, informou na nota.
O gerente Rodrigo Pinheiro Dias, da Agência Estilo, localizada na Avenida São José, Centro Comercial de Macapá, está sendo acusado pela família de uma idosa de ter usado dados sigilosos dela para criar uma conta paralela e fazer empréstimos. Uma estimativa de fontes da investigação, que corre em sigilo na Polícia Civil, é de que o prejuízo para a correntista tenha chegado a R$ 1,5 milhão. Outros supostos casos somam até R$ 20 milhões.
O Portal SN apurou que o gerente foi afastado das funções e que ele conseguiu enganar colegas de trabalho para ter as confirmações necessárias para a liberação de valores altos.
A reportagem não conseguiu contato com Rodrigo Pinheiro. A superintendente regional do BB no Amapá, Cathrine Campelo, não quis comentar o assunto e encaminhou o portal para a assessoria de imprensa.
Ainda na nota enviada ao Portal SN, o BB afirma que acolhe e analisa todas as contestações de clientes.
“Essas contestações podem ser feitas no aplicativo do Banco, Central de Atendimento ou agências. Ainda que o cliente não faça a contestação, mas seja identificada alguma irregularidade, a análise é realizada para devoluções cabíveis”.