À procura de árvores gigantes, pesquisadores acham jabuti de 30 kg

Especialistas realizavam o trabalho de monitoramento de árvores gigantes quando se depararam com o animal raro.
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Por JONHWENE SILVA

Pesquisadores que realizavam o monitoramento de árvores gigantes no Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, em Laranjal do Jari, a cerca de 269 km da capital, tiveram uma grata surpresa.

Durante a excursão, deram de cara com o raro jabuti-açu, do gênero Chelonoidis, conhecido pelo tamanho impressionante. O achado ocorreu no último dia 17, mas só foi divulgado esta semana, após uma pausa para descanso da expedição.

O grupo, formado por membros do Ifap, UEAP e ICMBio, tomou todos os cuidados para evitar estressar o animal, que pesa cerca de 30 quilos e mede 80 centímetros apenas de casco. No entanto, o jabuti se recolheu, o que impediu a coleta de dados mais precisos, como medições do crânio.

O encontro reforça indícios de que a área está sendo preservada. O jabuti-açu, considerado raro, é pouco estudado e se diferencia do jabuti-tinga, mais comum na região amazônica, pelo porte maior. O acadêmico de engenharia florestal Jussian da Silva, que integra o grupo, destacou a importância da descoberta.

O jabuti se recolheu, o que impediu a coleta de dados mais precisos, como medições do crânio

“Desde 2000 participo dessas excursões, e é a primeira vez que encontramos um animal dessa grandeza. Surpreendeu a todos. Tivemos o cuidado de não estressar o animal, tiramos as medidas e seguimos nosso caminho, deixando-o no mesmo local”, afirmou. 

Jussian explicou que até o cheiro dos pesquisadores pode atrair predadores, razão pela qual o grupo foi cauteloso para não deixar marcas ou vestígios. Participaram da ação Diego Armando (Ifap-Laranjal do Jari), Robson Lima (UEAP), Joselane Gomes (UEAP) e um servidor do ICMBio.

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