Jair Zemberg – Operários que trabalham na reforma do Trapiche Eliezer Levy tiveram que chamar a Polícia Militar nesta segunda-feira, 27. Incomodados com o barulho causado pela obra, usuários de crack que moram debaixo do trapiche estavam ameaçando os trabalhadores.
O problema é velho e a Polícia Militar está de mãos atadas. Os policiais não sabem mais o que fazer para que os viciados parem de continuar morando debaixo do trapiche, em pleno corredor turístico de Macapá.
Responsáveis por furtos nas redondezas, os usuários já foram presos várias vezes, o buraco por onde eles entram até já foi tampado por policiais com tijolos e cimento, e mesmo assim eles acabam retornando.
O covil foi mais uma vez esvaziado na segunda-feira, 27, depois que operários quase foram agredidos pelos “moradores” irritados com as marteladas e outros ruídos típicos de obra. Uma equipe do 6º Batalhão da PM foi até o local.
Quando a equipe chegou, os criminosos correram de dentro da toca cada um para um lado como se fossem baratas saindo de uma fossa. E o lugar é quase isso mesmo. O fedor é insuportável.
Dentro, os policiais encontraram engradados de bebidas, muitas facas e terçados, joias, calçados, munição de uso restrito da polícia e até uma máquina de costura, além de pedras de crack. Quatro homens e uma mulher foram detidos.
Foram levados para o Ciosp do Pacoval: Sérgio Augusto Pinto de Jesus, de 44 anos, Arivaldo Santos, de 29 anos, Rosinete de Souza Sena, 30, Felipe Dutra Vilhena, 25, e Jeniciel Silva dos passos, 38 anos.
O lugar foi de novo esvaziado, e os operários puderam prosseguir com a obra de reforma do trapiche. Até quando, ninguém sabe.