Enorme poça ‘coleciona’ placas de carros em Macapá

Problema está na Rua do Linhão, no Bairro Goiabal, na zona oeste da capital.
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Por ALLAN VALENTE

Uma grande poça de água está causando transtornos a moradores da Avenida Anastácio Gaudêncio da Silva, também conhecida como Rua do Linhão, no Bairro Goiabal, zona oeste de Macapá. O trecho já foi uma armadilha para quem trafega de moto, carro e bicicleta e decidiu se aventurar na travessia sem saber da profundidade. Pedestres têm que dar meia-volta.

Engana-se quem acha que por debaixo da água barrenta – acumulada das fortes chuvas que começaram a cair na capital – está um terreno plano. Na verdade, há um verdadeiro buraco, que já derrubou ciclistas e motoqueiros.

Além de tombos e do transtorno para a mobilidade dos moradores e visitantes, a ‘piscina’ também chama a atenção pela ‘coleção’ de placas de carros, que não resistem aos ‘mergulhos’ de automóveis que se arriscam na travessia e se desprendem dos para-choques. Sem perceber, os condutores que conseguem não ficar atolados nem percebem que as identificações automotoras ficam para trás.

‘Lago’ tem pelo menos …

… 40 metros de cumprimento e …

… toda dimensão de largura da via. Fotos: Allan Valente

Placas são fincadas em areia de construção em frente à poça

Quando as placas flutuam ou a água seca, moradores resgatam as placas e as fincam na areia de construção da obra residencial que fica em frente à poça. É possível contar mais de 10 placas na areia, à espera dos donos.

Moradores da região relataram à reportagem que após a pavimentação, parte da avenida continuou a apresentar avarias decorrentes das fortes chuvas. Foi desta forma que o buraco foi ficando maior até se transformar no problema atual.

Além da obstrução do tráfego, o “pequeno lago” causa alagamentos em casas adjacentes. Populares afirmam que quando enche e transborda, a água invade as residências e terrenos. É o caso dos moradores da Alameda Canaã.

Placas encontradas no ‘lago’ da Rua do Linhão

“A água atravessa pela lateral de minha casa. Tivemos que construir uma mureta para não entrar água. Improvisei uma ponte para minhas filhas atravessar e poder sair de casa e se deslocar a escola”, explicou a moradora Elandia dos Santos Oliveira.

Outra moradora afetada pelos alagamentos é Raimunda Tadeu Gomes, proprietária de uma residência situada em um dos pontos mais críticos da alameda. Há mais de 15 anos no bairro, ela sofre com a água que escorre do buraco no linhão e está preocupada com o período chuvoso.

“A qualquer momento a água pode entrar em minha casa. Falei até para o meu filho cavar uma vala ao redor da casa”, disse, aflita, dona Raimunda.

Moradora constriu uma mureta na entrada da casa para evitar que água da poça invada

Morador fez uma passarela de madeira improvisada para filhas saírem de casa e ir para escola quando terreno for alagado

O comerciante Francinaldo Ferreira Martins mora na Rua do Linhão há mais de 15 anos. Ele conta que os moradores procuraram o subprefeito da zona oeste, que, em resposta, afirmou que o serviço não era da competência da prefeitura.

“Falamos com o subprefeito da Zona Norte, Helson Freitas, morador do bairro, mas ele alegou não ser atribuição da prefeitura, mas do Governo Federal, por causa do Linhão”, relatou o senhor Francinaldo.

Seles Nafes
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