Por ALLAN VALENTE
A família que vivia em situação de extrema vulnerabilidade na Praça da Bandeira, no Centro de Macapá, recebeu apoio do poder público e da sociedade civil, garantindo um recomeço digno. Após quatro dias abrigados em uma tenda de som improvisada, Daniel dos Santos Magalhães, de 25 anos, sua esposa Maiara Nunes, de 26, e seus três filhos pequenos foram acolhidos por programas sociais e cadastrados em iniciativas de assistência.
A situação da família ganhou repercussão nas redes sociais, sensibilizando a população e atraindo a atenção das autoridades. Na quinta-feira (20), funcionários da Secretaria de Assistência Social do Governo do Amapá visitaram a família e realizaram um levantamento socioeconômico. Como resultado, eles foram incluídos no programa Renda Para Viver Melhor e passarão a receber o benefício a partir do dia 28 de fevereiro.
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Família estava dormindo dentro de tenda de proteção para equipamentos de som. Foto: Divulgação
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Técnicas de Assistência Social cadastraram família em programas de auxílio a pessoas vulneráveis
Além do auxílio financeiro, a família foi encaminhada para um abrigo provisório na mesma noite de quinta-feira. O secretário de Assistência Social, Hugo Paranhos, confirmou a inclusão no programa e garantiu que Daniel, Maiara e os filhos terão um teto e uma renda para viver com dignidade. Paranhos também afirmou que em breve haverá “boas notícias” sobre uma solução definitiva para a situação da família.
A mobilização da sociedade também foi fundamental para ajudar a família a superar as dificuldades. Diversas doações de roupas, alimentos e brinquedos foram arrecadadas, com destaque para a ação da jornalista e servidora do Ministério Público, Mariléia Marciel. Sensibilizada com a história, ela organizou uma campanha entre amigos para arrecadar itens essenciais.
“Estou contribuindo como cidadã. Vi aquelas pessoas em situação de vulnerabilidade e comecei a ajudar”, declarou.
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Daniel: “Vim atrás de trabalho e melhora para minha família”. Foto: Allan Valente
A família, originária de Anajás, na Ilha do Marajó (PA), chegou a Macapá em busca de melhores condições de vida. Daniel trabalhava na produção de farinha e extração de madeira, mas ficou desempregado. Maiara, por sua vez, cuida integralmente dos filhos Gabriel, de 1 ano, Vitória, de 3, e Beatriz, de 5.
O casal relatou que, na cidade natal, não havia escolas para as crianças e que esperam proporcionar uma educação melhor para os filhos na capital amapaense.