Por LEONARDO MELO
Passados quase três meses do brilho e da folia do Carnaval 2025 em Macapá, que animou o Sambódromo nos dias 28 de fevereiro e 1º de março, a realidade na Cidade do Samba, complexo que abriga os barracões das escolas de samba do Amapá, é de descaso e acúmulo de lixo.
Situada também na Ivaldo Veras, ao lado do Sambódromo, a área, que deveria ser um celeiro de cultura e arte, se transformou em um depósito a céu aberto, com diversos pontos tomados por entulho e mau cheiro.

Restos de alegorias …

… e adereços de fantasias

Muito lixo ao redor dos barracões
Apesar de não ser uma situação generalizada entre todas as dez agremiações, a reportagem constatou que algumas ainda não realizaram a limpeza pós-carnaval.
O cenário em certas áreas é desolador, com montanhas de restos de fantasias e alegorias desmontadas, que ganham a companhia de móveis velhos, pneus, fios elétricos, galhos de árvores e até pedaços de veículos espalhados, despejados por outros sujões.

Além do lixo do carnaval …

… também há o lixo …

… jogado por outros sujões. Fotos: Rodrigo Dias
A falta de manutenção é visível, com mato tomando conta de locais de descanso e pedaços de isopor velho empoeirados.
O problema vai além da questão estética: o odor nas proximidades do primeiro barracão é um indicativo do risco sanitário que o acúmulo de lixo representa para a comunidade e para os próprios trabalhadores da Cidade do Samba. Por lá, principalmente à noite, crianças costumam correr e brincar. Adultos também usam o espaço para fazer caminhadas.

A falta de manutenção é visível …

… com mato tomando conta de locais

Por todos os lados há …

… há todo tipo de lixo
É importante ressaltar que a situação não alcança todos. Alguns barracões parecem organizados, com espaços externos limpos e livres de resíduos – comprovando que a gestão do lixo pós-carnaval é possível e necessária.
A reportagem procurou a Liga Independente das Escolas de Samba do Estado do Amapá (Liesap) que ficou de se posicionar em breve.