Mesmo com problemas estruturais no prédio e falta de material, todos os serviços de atendimento da Casa do Professor foram retomados na manhã desta quarta-feira, 12. No início da semana os servidores do órgão chegaram paralisar algumas atividades num protesto pelas péssimas condições de trabalho. A principal queixa é com relação a falta de gerenciamento na Casa.
O Núcleo de Apoio à Saúde do Professor, que ficou conhecido como Casa do Professor, foi inaugurado no dia 6 de maio de 2014. O espaço, localizado na Avenida Machado de Assis, no Centro, custou aos cofres públicos R$ 313 mil. A finalidade é prestar atendimento aos profissionais de educação, com o objetivo de melhorar a saúde física e mental deles.
“Não temos um gerente ou coordenador na casa. Se chega um caso mais grave para atendimento, fazemos reunião com todos e decidimos como agir. Se queima uma lâmpada temos que decidir em conjunto o que fazer. Temos infiltração no prédio e não podemos interceder por isso. Não tem condições de continuar assim”, queixou-se uma assistente social da casa que preferiu não ser identificada.
Apesar do pouco tempo, a Casa do Professor tem uma grande demanda. Só este ano já foram realizados mais de 20 mil atendimentos. Para se ter uma ideia, no mês de maio foram realizados 3.575 atendimentos, entre serviços psicológicos, fisioterapêuticos, pedagógicos, assistência social, nutricional, fonoaudiólogo, educação física e financeira. Além de atendimento familiar e visitas domiciliares.
Quem é usuário do serviço não tem do que reclamar do atendimento, mas há ressalvas quanto à infraestrutura do prédio.
“Aqui temos um atendimento tão bom quanto plano de saúde privado. Eu mesmo recebo atendimento nutricional, psicológico e assistencial. Mas já cancelamos consultas por causa de lâmpadas queimadas, material de expediente e até infiltração, que interditou a sala de atendimento psicológico”, contou o professor e usuário da casa, Rui Barbosa.
Os servidores da Casa têm muitas reclamações, mas pediram para não ser identificados. Eles informaram que já perderam as contas de quantos documentos encaminharam para a Secretaria de Educação (Seed) solicitando melhorias. No momento, eles possuem uma pauta extensa de reivindicações, como a nomeação de um gerente para coordenar a Casa, recursos materiais e de expediente, pagamento de 15% de gratificação para os servidores especialistas em educação e manutenção do espaço.
A reportagem do site SelesNafes.Com tentou entrar em contato com a equipe de recursos humanos da Secretaria de Estado da Educação (Seed), que chefia a Casa do Professor. A coordenadora responsável não estava presente para falar do assunto.