Da REDAÇÃO
Um ex-militar do Corpo de Bombeiros do Amapá, que cumpre pena em um dos Centros de Custódia do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), no bairro Zerão, zona sul de Macapá, foi descoberto pela Polícia Federal novamente consumindo conteúdo digital de abuso sexual infantil dentro da cadeia. Na ação, batizada de Operação Lar Seguro II, foram apreendidos um celular e vários carregadores, itens proibidos no sistema prisional.
O condenado, José Antônio dos Anjos Monteiro, está preso desde 23 de julho de 2021, quando foi capturado por agentes federais durante a Operação Lar Seguro I, que investigava os crimes de armazenamento e produção de pornografia infantil, além de estupro de vulnerável.

Momento em que um policial encontra um dos itens proibidos na cela
Na ocasião, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão – um deles no Comando Geral da instituição, onde o pedófilo era lotado à época – e um mandado de prisão contra ele, que foi preso em casa, no bairro Marabaixo, zona oeste de Macapá.
As investigações da Lar Seguro I revelaram um acervo com 340 arquivos armazenados em nuvem, contendo imagens e vídeos de exploração sexual infantil, com crianças em situações degradantes e de abuso sexual violento. Segundo a PF, pelo menos 43 desses arquivos teriam sido produzidos pelo próprio militar. Um laudo pericial confirmou que ele aparecia em um dos vídeos abusando sexualmente de uma criança, utilizando fragmentos das imagens comparados com características físicas do suspeito.

Operação ocorreu no Centro de Custódia do Iapen no Zerão
Os vídeos foram produzidos entre 2013 e 2019. O ex-bombeiro, que é pai de seis filhas, cumpre atualmente mais de 60 anos de pena pelos crimes.
Na investigação mais recente, que motivou a Operação Lar Seguro II, a Polícia Federal identificou que ele armazenava pelo menos 89 imagens e vídeos de abuso sexual infantil em seu celular, dentro da cela. Além disso, havia tentativas de acessar um e-mail, bloqueado pela empresa Google desde 2021, justamente por conter material desse tipo.

O celular apreendido …

… será nalizado pela perícia
As autoridades não divulgaram o nome do preso. Caso as novas suspeitas sejam confirmadas, ele poderá responder novamente pelo crime de armazenamento de material pornográfico infantil, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), com penas que podem se somar à sua condenação atual.