Da REDAÇÃO
A Polícia Federal apura se uma cooperativa foi beneficiada de forma irregular em uma chamada pública do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) no Amapá. A suspeita é de que houve direcionamento no processo e desvio de recursos públicos por meio de um contrato de R$ 2,5 milhões firmado com o Estado.
As investigações fazem parte da Operação Simulacrum, deflagrada nesta quarta-feira (9), em ação conjunta com a Controladoria Geral da União (CGU/AP). Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados, nos bairros Infraero e Novo Horizonte, em Macapá. Durante as buscas, a PF encontrou aproximadamente R$ 25 mil em espécie. O valor foi apreendido.

Equipamentos eletrönicos foram apreendidos
O relatório da CGU identificou indícios de “loteamento” de itens do certame, ausência de manifestação técnica da Secretaria de Educação (Seed/AP) e possível participação de servidores públicos no favorecimento da cooperativa.
Além disso, a PF descobriu que a cooperativa teria endereço de fachada e associados fictícios — manobra que teria inflado de forma fraudulenta o valor contratual e garantido o pagamento antecipado de mais de R$ 950 mil.

Operação foi ação conjunta com a Controladoria Geral da União. Fotos: Ascom/PF
O contrato em questão previa o fornecimento de alimentos para atender cerca de 20 mil alunos da rede pública estadual na capital.
Os investigados poderão responder por fraude em licitação, falsidade ideológica, peculato-desvio e lavagem de dinheiro.