Chacina no Vale do Jari: amapaenses são assassinados em região de garimpo; Sejusp envia reforço

Segundo a polícia, o crime ocorreu em uma região de garimpo na divisa entre o Amapá e o Pará.
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Por RODRIGO DIAS

A Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública (Sejusp) do Amapá enviou reforço policial à região do Vale do Jari, na divisa entre Amapá e Pará, para apurar uma chacina que vitimou ao menos três garimpeiros amapaenses. A área é marcada por intensa atividade garimpeira e conflitos fundiários.

A operação foi deflagrada após a localização de três corpos em uma área de difícil acesso, cercada por mata fechada e cursos d’água. As vítimas faziam parte de um grupo de seis pessoas que havia desaparecido na região. Uma delas conseguiu entrar em contato e foi resgatada com vida, mas os demais continuavam desaparecidos até a manhã desta quarta-feira (7), quando os corpos foram encontrados por equipes do Grupo Tático Aéreo (GTA), da Polícia Civil e da Polícia Militar.

As investigações também identificaram dois veículos, pertencentes ao grupo, completamente incendiados, o que reforça a brutalidade do crime. A Sejusp ainda não confirmou as circunstâncias exatas da chacina, mas a principal linha de apuração considera a hipótese de que os amapaenses tenham sido confundidos com criminosos envolvidos em um roubo na região.

Segundo relatos preliminares, o grupo teria ido ao local para negociar a compra de terras, quando possivelmente foi abordado por homens armados

Segundo relatos preliminares, o grupo teria ido ao local para negociar a compra de terras, quando possivelmente foi abordado por homens armados. O contexto de tensão entre diferentes grupos, somado à atividade ilegal de garimpo e à ausência do Estado em determinadas áreas, pode ter contribuído para a tragédia.

A Sejusp informou que novas atualizações sobre o caso devem ser divulgadas nos próximos dias. Enquanto isso, as investigações seguem em curso para identificar os autores e esclarecer os motivos da chacina.

O episódio causou grande comoção nas redes sociais e reacende o alerta sobre os riscos enfrentados por trabalhadores em zonas de fronteira e áreas economicamente exploradas de forma informal.

Seles Nafes
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