PMs do Amapá são presos por chacina; vítimas foram mortas por engano, diz Sejusp

Cinco policiais e um guarda municipal de Laranjal do Jari tiveram mandados de prisão cumpridos
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Por LEONARDO MELO

Cinco policiais militares do Amapá foram presos no início da tarde desta terça-feira (12) acusados de envolvimento na chacina de oito pessoas em uma área de garimpo no município de Almeirim, no Pará, próximo de Laranjal do Jari (AP). Além deles, um guarda municipal de Laranjal e um garimpeiro também foram detidos e levados para o Ciosp da zona oeste, em Macapá. Os homicídios teriam sido um engano.

No total, sete suspeitos foram detidos durante a operação conjunta entre a Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Amapá (Sejusp) e a Polícia Civil do Pará. 

As prisões, respaldadas por ordens judiciais, ocorreram simultaneamente em Macapá, Laranjal do Jari e Almeirim (PA). As investigações são conduzidas pela Polícia Civil do Amapá, que atua no caso em razão da extraterritorialidade dos fatos, com apoio das forças policiais do Pará.

Segundo levantamentos preliminares, os policiais militares estariam fora de serviço no momento do crime. Eles foram presos preventivamente e afastados das atividades como medida cautelar, para garantir transparência e isenção nas investigações.

Uma coletiva de imprensa está marcada para as 14h desta terça-feira para detalhar a operação.

Policiais presos foram levados para o Ciosp da Zona Oeste. Fotos: Olho de Boto

O caso

A chacina ocorreu no dia 3 de agosto, em uma região de garimpo ilegal no Vale do Jari, no município de Almeirim (PA). As vítimas, a maioria residente no Amapá, foram vistas com vida pela última vez em contato com familiares via WhatsApp. Os corpos começaram a ser encontrados no dia 7.

De acordo com parentes, o grupo estava no local para concluir a compra de um terreno e levar ferramentas e maquinário para atividade de garimpagem. Eles se deslocavam em duas caminhonetes que foram incendiadas após o ataque. Apenas um sobrevivente, resgatado pelo Grupo Tático Aéreo (GTA) do Amapá, conseguiu escapar.

A principal hipótese investigada é a de que as vítimas tenham sido confundidas com assaltantes que, dias antes, roubaram ouro de um garimpeiro local. Este teria contratado um grupo de “seguranças” armados que localizaram e executaram o grupo, incluindo o catraieiro que conduzia as vítimas.

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