Botos achados mortos com perfurações intrigam e indignam ribeirinhos no Amapá

Ação predatória foi registrada e denunciada pelos moradores da comunidade do Ariri, no Rio Matapi, zona rural de Macapá.
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Por RODRIGO DIAS

Moradores da comunidade do Ariri, na zona rural de Macapá, denunciaram o aparecimento de pelo menos quatro botos mortos no Rio Matapi, nos últimos 20 dias. Os animais apresentavam marcas e perfurações, levantando suspeitas de que tenham sido mortos por pescadores. O local fica próximo ao KM 33 da BR-156, com acesso por um ramal de 9 quilômetros.

A denúncia, recebida pelo Batalhão Ambiental na última terça-feira (12), aponta que os botos podem ter sido vítimas de pesca predatória de pirarucu. Segundo os moradores, os animais podem ter se prendido acidentalmente às redes de pesca e sido mortos. Entre os encontrados, estava um filhote. Dois botos foram enterrados pela própria comunidade, enquanto os outros dois permanecem no local.

Há suspeita de que os animais tenham sido mortos em comunidades próximas, como Flexal e Tessalônica, sendo posteriormente levados pela correnteza até o Ariri.

Animais apareceram várias vezes nas últimas 3 semanas flutuando mortos no rio Matapi

Em resposta, uma equipe do Batalhão Ambiental foi enviada nesta quarta-feira (13) para investigar o caso. Os policiais devem recolher os animais para perícia e ouvir moradores, a fim de esclarecer as circunstâncias das mortes.

A Polícia Militar informou que as informações serão encaminhadas à Delegacia de Meio Ambiente (DEMA), à Secretaria de Meio Ambiente (SEMA) e ao Ministério Público. A pena para crimes ambientais desse tipo varia de seis meses a um ano de prisão, além de multas nas esferas civil, penal e administrativa.

O Batalhão Ambiental reforça a importância da colaboração popular. Moradores são orientados a registrar ocorrências com fotos e vídeos e denunciar pesca predatória ou presença de animais mortos. As denúncias podem ser feitas por telefone, pelo WhatsApp (96) 98417-3281 ou presencialmente na sede do batalhão, na Rua Lucena de Azevedo, 142, em Santana.

Seles Nafes
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