Por RODRIGO DIAS
A Assembleia Legislativa do Amapá (Alap) discutiu, nesta terça-feira (19), o episódio envolvendo o prefeito de Macapá, Antônio Furlan (MDB), e três jornalistas, ocorrido no último domingo (17).
O caso, registrado em vídeo e amplamente divulgado nas redes sociais, mostra o prefeito aplicando um “mata-leão” no jornalista Iran Fróes após ser questionado por Heverson Castro sobre o andamento das obras do Hospital Municipal da Zona Norte.
O debate na Alap foi iniciado pelo deputado Jory Oeiras, que destacou ter tido seu nome citado na polêmica mesmo estando ausente. Ele explicou que Iran Fróes é lotado em seu gabinete, mas atuava como freelancer no momento da confusão. Oeiras repudiou a agressão, classificando-a como “vergonhosa”, e reforçou a integridade profissional de Fróes.
A defesa da liberdade de imprensa também foi lembrada pelo deputado Pastor Oliveira, que manifestou preocupação com o ocorrido. Já o ex-prefeito Roberto Góes criticou duramente o comportamento do atual gestor.
“Esse é o verdadeiro Furlan, mas ele assumiu um personagem diante do cargo que ocupa”, declarou, após ser aconselhado pelo colega Júnior Favacho a não se aprofundar no tema.

O debate na Alap foi iniciado pelo deputado Jory Oeiras, que destacou ter tido seu nome citado na polêmica mesmo estando ausente. Foto: Rodrigo Dias
O deputado Rodolfo Vale classificou a agressão como um “ato de barbárie, triste e infeliz” e criticou tentativas de relativizar o episódio, além da disseminação de “falsas narrativas” sobre o caso.
Na contramão, o deputado R. Nelson defendeu Furlan, afirmando que o episódio foi transformado em um “ataque político sistemático”. Ele declarou solidariedade ao prefeito e disse acreditar que a verdade será apurada pela polícia e pela Justiça.
O deputado Lorran Barreto também saiu em defesa do gestor, afirmando que Furlan “foi digno quando assumiu o erro”. Ele sugeriu que as provas sejam encaminhadas à Justiça e que o parlamento avance em outras pautas.
Durante a sessão, o jornalista Heverson Castro utilizou a tribuna para relatar sua versão dos fatos. Ao encerrar o debate, Jory Oeiras reforçou que a Alap está aberta para que o prefeito e as servidoras municipais que alegam terem sido agredidas também apresentem suas versões.