Ladrões levam panelão de vendedor de mingau enquanto ele cochilava

Valdemar vive sozinho em sua casa de paredes de barro, na zona norte de Macapá, e constrói seu sustento com o suor de madrugadas em claro.
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Por RODRIGO DIAS

O abuso da criminalidade atingiu um novo patamar em Macapá. O alvo foi o sustento de um trabalhador. A vítima é seu Valdemar Nazário da Silva, de 61 anos, um vendedor de mingau que viu sua principal ferramenta de trabalho, uma panela de 45 litros cheia do produto, ser furtada em plena luz do dia, na tarde da última quarta-feira (1º).

Seu Valdemar é uma figura conhecida nas ruas de Macapá há 28 anos. Humilde, é morador do bairro Parque Aeroportuário, na zona norte. Vive sozinho e constrói seu sustento com o suor de madrugadas em claro. Na sua casa, de paredes de barro, não há banheiro, nem quartos, tampouco cozinha. Por isto, mingau é feito em outro lugar na vizinhança. Em sua geladeira só há água.

Casa de barro onde o humilde trabalhador mora. Fotos: Rodrigo Dias

“Viro a noite fazendo o mingau e saio ainda pela madrugada vendendo pelas ruas e estabelecimentos da zona norte até o Centro”, contou o idoso ao portal SelesNafes.com.

Naquela quarta-feira, a exaustão o venceu. Por volta das 11h30, ele parou para um breve descanso na movimentada Rua General Rondon, próximo à Avenida FAB e à Praça da Bandeira. Um local que, por ser tão movimentado, ele imaginou estar seguro.

“Acordei por volta de 13h. Fiquei sem reação, fiquei tão triste, chorei porque é de onde tiro meu sustento”, desabafou.

A panela, que ele comprou parcelada com muito esforço e que custa cerca de R$ 400, havia sumido. Pior: dentro dela, havia cerca de R$ 400 em mingau pronto para a venda.

Impossibilitado de trabalhar, Valdemar, que também enfrenta problemas de saúde, pede ajuda

A perda material de R$ 800 (panela + produto) representa, para seu Valdemar, a paralisação completa de seu ganha-pão. É o trabalho de quase 30 anos interrompido pela audácia de um ladrão.

“Ninguém viu quem levou, mas já registrei boletim de ocorrência e já entreguei na mão de Deus”, disse o idoso.

Como ajudar seu Valdemar

Impossibilitado de trabalhar, Valdemar, que também enfrenta problemas de saúde, pede ajuda para reaver o material necessário e voltar à ativa.

“Fiquei sem reação, fiquei tão triste, chorei porque é de onde tiro meu sustento”. Fotos: Rodrigo Dias

Quem desejar doar uma panela com capacidade para 45 litros ou matéria-prima para a produção do mingau pode ir diretamente a casa do idoso, na Rua Iasmim dos Santos 0Brito, nº 811 – bairro Parque Aeroportuário, na zona norte de Macapá.

Para doações em dinheiro, o pix do senhor, (96) 98112-8486 (que também é WhatsApp), apresentou problemas. Por isto, com a autorização dele, a reportagem disponibiliza a chave pix 02169104208 (Rodrigo Araujo Dias Monteiro) e levará todo o valor para ele pessoalmente.

Seles Nafes
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