Justiça Federal mantém prisão de líder rural acusado de vender armas para facções no Amapá

Ezequias Rosa Vieira, de 36 anos, alvo da Operação Arsenal de Papel, é acusado de usar registro de CAC para desviar armamentos e revendê-los a criminosos
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Por LEONARDO MELO

A Justiça Federal do Amapá manteve a prisão preventiva do líder rural Ezequias Rosa Vieira, de 36 anos, único alvo da Operação Arsenal de Papel, deflagrada pela Polícia Federal na última terça-feira (7). O suspeito foi preso no bairro Infraero II, zona norte de Macapá, durante uma ação conjunta com agentes da Delegacia de Mazagão, município onde atuava como suposta liderança.

A Operação Arsenal de Papel tem como objetivo reunir provas e desarticular o esquema de venda ilegal de armas que estaria sendo abastecido por registros forjados. O nome da operação faz referência ao uso de documentação formalmente válida — mas fraudulenta — para movimentar o arsenal

Ezequias é suspeito de utilizar um título de CAC (colecionador, atirador e caçador) para a compra legal de armas e, em seguida, para registrar falsos boletins de ocorrência, alegando o suposto furto ou perda do armamento

“A suspeita é de que essas armas eram revendidas para integrantes de facções criminosas”, informou a PF em comunicador sem citar nomes. A pena para este crime é de oito anos de prisão.

Momento em que Ezequias é preso no Bairro Infraero II

Durante a prisão, a PF contou com apoio da Polícia Civil de Mazagão, município onde Ezequias havia se tornado uma figura conhecida por liderar protestos contra um projeto de manejo sustentável de madeira que beneficia mais de mil famílias da Associação de Trabalhadores Agroextrativistas do Maracá (Atexma).

Na audiência de custódia realizada na noite de quarta-feira (8), o juiz de garantias responsável pelo caso entendeu que a liberdade provisória representaria risco à ordem pública e às investigações, convertendo a prisão em preventiva.

Por volta das 20h, Ezequias foi encaminhado ao Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), onde permanecerá à disposição da Justiça. A pena para o crime de comércio ilegal de armas pode chegar a oito anos de prisão.

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