Mulher viciada em apostas e jogo do tigrinho perde tudo e marido pede divórcio no Amapá

Oficial de Justiça relatou caso em Macapá, no qual mulher perdeu bens da família e levou o marido a pedir divórcio por causa de apostas online.
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Por RODRIGO DIAS

O crescente vício em jogos de apostas online, popularmente conhecidos como bets, tem ultrapassado a esfera financeira e afetado relações familiares em Macapá, provocando crises conjugais e separações.

Um caso recente, ocorrido no bairro Renascer, na zona norte da capital, terminou em pedido de divórcio, conforme relatado pelo Oficial de Justiça Gesiel Oliveira em suas redes sociais.

Gesiel, que também é professor, utilizou sua experiência profissional para alertar sobre o que definiu como uma “doença social” em rápida expansão no estado.

Em um vídeo, o servidor contou que havia acabado de sair de uma residência onde entregou uma intimação de divórcio. O motivo da separação do casal, que tem três filhos, seria o vício incontrolável da mulher em apostas online — mais especificamente no chamado “jogo do tigrinho”.

Gesiel: “Fica o alerta sobre essa doença social que está se multiplicando rapidamente”

Ele explicou que os jogos utilizam mecanismos de sedução baseados em algoritmos programados para manter o usuário jogando. “A pessoa começa ganhando, incentivada pela ganância, e investe cada vez mais, até que as perdas se tornam catastróficas”, afirmou.

Gesiel relatou que o marido decidiu encerrar o relacionamento após a mulher começar a dilapidar o patrimônio da família. “Ela começou a vender as coisas, comprometer o salário, e a situação chegou a esse ponto”, lamentou.

O oficial destacou que o caso não é isolado. Embora o processo específico corra em segredo de justiça, ele disse que o número de divórcios motivados por apostas tem crescido rapidamente no Amapá.

“Fica o alerta sobre essa doença social que está se multiplicando rapidamente. Só nas duas últimas semanas, foram quatro ações judiciais semelhantes que eu entreguei em Macapá”, contou Gesiel.

Ele ainda fez um cálculo alarmante para dimensionar o problema: “Multiplique isso por 100 oficiais de justiça no Amapá e você terá a real dimensão da situação”.

O servidor encerrou o relato pedindo cautela e que a população compartilhe o alerta para conscientizar outras pessoas.

Seles Nafes
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