Por SELES NAFES
O Ibama avaliou que a Petrobras conseguiu responder satisfatoriamente a todos os novos questionamentos técnicos feitos após a aprovação das simulações de atendimento a emergências em caso de acidente durante a futura exploração de petróleo na Margem Equatorial, na costa do Amapá. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (16) pela CNN, após uma reunião entre técnicos do instituto ambiental e da estatal petrolífera realizada ontem (15)
Os testes de simulação foram realizados em setembro e receberam parecer favorável do Ibama. Dias depois, o órgão solicitou informações adicionais, que foram enviadas pela Petrobras em 24 de setembro.
Na última terça-feira (14), o Ibama fez novas perguntas com base nas respostas do ofício anterior, o que levou ao agendamento de uma nova reunião — inicialmente marcada para esta quinta-feira (16), mas antecipada para quarta (15).
Entre os pontos discutidos, os técnicos do Ibama quiseram saber como ocorreria a comunicação entre a Petrobras e países vizinhos em caso de um eventual derramamento de óleo em águas internacionais.

Margem Eqautorial na parte brasileira começa pelo Amapá
De acordo com fontes ouvidas pela CNN, o Ibama considerou que os esclarecimentos foram suficientes e indicou que o processo de licenciamento ambiental para perfuração do poço na Margem Equatorial seguirá em andamento.
A Margem Equatorial se estende da Venezuela ao Rio Grande do Norte, passando pelo litoral do Amapá, onde a Petrobras adquiriu um bloco exploratório em parceria com petroleiras estrangeiras. A companhia estima a existência de mais de 1 bilhão de barris de petróleo a cerca de 170 km da costa de Oiapoque e 2,8 mil metros de profundidade.
Atualmente, países vizinhos como o Suriname e a Guiana já exploram petróleo na mesma faixa geológica, considerada uma das novas fronteiras energéticas mais promissoras do planeta.