Xingamento racial termina em operação contra esquema milionário em Oiapoque

Orla de Oiapoque: Caso de injuria contra haitianos levou a PF a investigar grupo de cambistas que teriam movimentado mais de R$ 30 milhões
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Da REDAÇÃO

Policiais federais no Amapá cumpriram sete mandados de busca e apreensão, nesta terça-feira (4), contra um esquema de câmbio clandestino em Oiapoque, cidade a 590 km de Macapá e na fronteira com a Guiana Francesa. A ação, denominada Operação Câmbio 2, teve início após uma investigação sobre um crime de injúria racial.

Segundo a Polícia Federal, a apuração começou a partir de um procedimento instaurado pela Polícia Civil. O caso envolvia uma vítima que teria sido alvo de ofensas raciais ao alertar cidadãos haitianos sobre a baixa taxa de câmbio oferecida por um operador que atuava na orla de Oiapoque.

As investigações apontam que o grupo suspeito teria ‘desestabilizado’ a ordem econômica local ao realizar operações de câmbio ilegal. Para ocultar a origem dos valores, os investigados usavam empresas de fachada, incluindo duas ligadas a um dos operadores, com o objetivo de dissimular transações financeiras e movimentar mais de R$ 30 milhões entre contas pessoais e empresariais.

Turistas estrangeiros em Oiapoque. Foto: Seles Nafes

Comércio de euros é comum na orla…Fotos: Seles Nafes

A venda de euros é forte em Oiapoque por conta da fronteira. Na orla da cidade, é comum encontrar pessoas comercializando a moeda europeia por cotação bem acima do câmbio oficial. Muitos visitantes acabam comprando a intenção de fazer compras em Saints-George, cidade do outro lado do rio Oiapoque, e a 10 minutos de voadeira.

A PF afirma que os alvos poderão responder por organização criminosa, câmbio ilegal e lavagem de dinheiro. As penas combinadas pelos crimes investigados podem ultrapassar 20 anos de prisão. 

Seles Nafes
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