Tenor e professor: quem era o diretor acusado de facilitar a entrada de celulares no Iapen

Servidor de carreira e tenor amador, Mauro Luís Silva usava a função dentro da Escola São José para abastecer facção criminosa, segundo as polícias Civil e Penal
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Por SELES NAFES

O professor Mauro Luís Silva, de 54 anos, preso nesta segunda-feira (10) pelas policiais Penal e Civil do Amapá, tem uma extensa carreira no magistério, mas também flertava com a arte. Costumava fazer apresentações musicais como tenor, normalmente em eventos como aniversários, celebrações religiosas e até no Teatro Silvio Romero, em Santana, onde também recebeu o título de “Cidadão Santanense”.

Católico atuante, o professor estava há cerca de 10 anos atuando dentro da escola penitenciária São José, instalada no Cadeião, onde estão mais de 800 apenados do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).

Ele é servidor do quadro efetivo da Secretaria de Educação do Amapá (Seed), com passagens por cursinhos privados de preparação para concursos e Enem. “O melhor professor que já tive”, disse uma ex-aluna. Os perfis, aliás, acumulava elogiosos ao talento como educador e cantor. 

Mauro Luís cursou Letras pela Universidade Estadual do Ceará e é formado em Licenciatura da Docência e Gestão do Ensino Superior pela extinta Faculdade Atual, de Macapá.

…atuante na igreja

Sempre usava o vozeirão em celebrações

Ao entregar cinco celulares a um presidiário

…e ser preso

Nas redes sociais, ele mostrava uma rotina normal, com família e atividades na música, sem expor patrimônio desproporcional. As polícias Civil e Penal afirmam que ele recebia R$ 3,5 mil por celular que entrava no Iapen.

Depois de ser preso hoje (10) durante o expediente, a Sejusp divulgou um vídeo que mostra o então diretor-adjunto da Escola São José recebendo dinheiro de um preso e repassando a ele uma cueca com drogas e cinco celulares.

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