Por RODRIGO DIAS
Enquanto em outros bairros da capital o preço varia entre R$ 8 e R$ 13, uma batedeira de pequeno porte tem atraído consumidores com valor mais baixo e alta demanda.
Durante o período de safra, o açaí costuma ficar mais barato em Macapá – mas encontrar o litro por apenas R$ 7 ainda chama atenção. É o que ocorre na Rua Remo Amoras de Oliveira, no bairro do Muca, onde a batedeira onde trabalha Roneli Lobato, de 46 anos, pai de quatro filhos, vem registrando forte procura da comunidade.
Em outras regiões da capital, os valores sobem. Nos bairros Perpétuo Socorro e Pedrinhas, o litro do açaí grosso varia de R$ 8 a R$ 12. Já no Centro, o açaí especial chega a R$ 13. A diferença reforça o impacto da localização, do tipo de produção e do volume de venda.

Segundo Roneli, a fidelidade dos clientes comprova a qualidade. Fotos: Rodrigo Dias
Com mais de dez anos de atuação no local, Roneli explica que o preço baixo é possível por causa da safra e do grande volume de produção diária.
“Tá barata a lata, né? Aí dá pra gente colocar nesse preço bom”, afirma.
A estratégia tem surtido efeito. Segundo ele, a demanda está alta.
“Muito. Mais de 300 litros por dia.”
Roneli também ressalta a qualidade do produto e a fidelidade dos clientes, que, segundo ele, comprova o resultado.
“A qualidade é boa, porque o pessoal sempre compra e volta.”
O comerciante destaca que o trabalho é coletivo: uma equipe atua diariamente no preparo do produto. Com a produção elevada, o preço reduzido não compromete o lucro.

Comerciante diz vender mais de 300 litro por dia
“Consegue tirar (o lucro), sim. Tá uma maravilha.”
A batedeira funciona em dois turnos: manhã e noite. Quem quiser conhecer o ponto de venda pode se dirigir à Rua Remo Amoras de Oliveira, no bairro do Muca, ao lado da Casa da Farinha.
Roneli reforça que o objetivo é manter o preço acessível enquanto durar a safra, atraindo ainda mais clientes e garantindo renda para sustentar seus quatro filhos.

