Um delegado da Polícia Civil do Amapá foi alvo de uma operação que apura um esquema de contrabando de ouro e lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 4,5 milhões em joalherias. A investigação aponta que o ouro extraído ilegalmente no Amapá era esquentado por meio de empresas do ramo e direcionado para compradores em outros estados do país.
Os agentes cumpriram mandados de busca e medidas judiciais para avançar na identificação dos envolvidos no grupo criminoso, que também usava depósitos fracionados, notas fiscais frias e empresas de fachada para ocultar a origem do metal. A Polícia Federal afirma que o esquema operava com forte articulação entre garimpeiros, atravessadores e comerciantes de ouro.
Entre os alvos está o delegado Charles Corrêa, lotado em Oiapoque. A corporação, no entanto, ainda não detalhou qual seria a participação dele no esquema. Também é investigado o agente da Polícia Civil Daniel Lima das Neves, que trabalhava diretamente com o delegado. A pedido da Polícia Federal, a Justiça determinou o afastamento dos dois das funções para evitar interferência na continuidade das apurações.

Os agentes cumpriram mandados de busca e …

… medidas judiciais para avançar na identificação dos envolvidos no grupo criminoso. Fotos: Ascom/PF
Procurado pelo Portal SelesNafes.com, o secretário de Segurança Pública do Amapá, Cézar Vieira, informou que a Corregedoria da Polícia Civil acompanhou e apoiou a ação. Segundo ele, o procedimento interno já está em andamento para apurar possíveis infrações funcionais.
Ao todo, a operação mira atividades que, segundo a PF, vinham ocorrendo há pelo menos dois anos, com foco na extração irregular do ouro em regiões de difícil acesso, transporte clandestino e posterior lavagem do produto em estabelecimentos legalmente constituídos. A investigação segue em sigilo.
