Da REDAÇÃO
Uma apuração conduzida pela Polícia Federal identificou indícios de que uma candidatura feminina tenha sido registrada de forma fictícia para fraudar a cota de gênero nas eleições municipais de 2024, no município de Itaubal, interior do Amapá a 101 km de Macapá. A suspeita levou ao início da Operação Fantoche, deflagrada no último 5 para reunir provas e aprofundar a investigação.
Segundo informações levantadas pela PF, a candidata em questão teria sido incluída apenas para cumprir formalmente o percentual mínimo exigido por lei, mas não apresentou qualquer atividade de campanha. A inatividade, sem justificativa, acendeu o alerta para a possibilidade de tratar-se de uma “candidata laranja”, prática considerada fraude eleitoral.
As cotas de gênero determinam que partidos e coligações reservem pelo menos 30% das candidaturas para mulheres, como forma de ampliar a representatividade feminina na política. A fraude ocorre quando siglas registram mulheres que não fazem campanha, não recebem recursos e têm votação inexpressiva, esvaziando o propósito da norma e prejudicando o equilíbrio no processo eleitoral.
Caso a irregularidade seja confirmada, a legislação eleitoral prevê a cassação de toda a chapa, o que pode resultar na perda de mandato dos candidatos eleitos.
A polícia não informou o que foi apreendido na ação desta manhã.

