O governo do Estado tenta junto à Caixa Econômica Federal fazer a transferência de duas obras residenciais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 1) que estão paradas no Amapá há vários anos, para o programa Minha Casa, Minha Vida. As obras contemplariam moradores da orla do Aturiá, que sofrem com a erosão provocada pelo impacto das águas do Rio Amazonas, e de áreas de ressaca do Bairro Congós. Juntos, os dois residenciais beneficiariam 809 famílias.
Segundo a Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinf), a primeira obra, que fica na Vila dos Oliveira, Zona Sul de Macapá, foi interrompida em 2011. Já o residencial do Bairro Congós, também na Zona Sul, foi paralisada em 2014, ambas na gestão do ex-governador Camilo Capiberibe (PSB).
A obra da Vila dos Oliveiras, de acordo com a Seinf, precisaria de um aporte de cerca de R$ 24 milhões para ser concluída. Já a do Congós precisaria de R$ 34 milhões.
“Estamos trabalhando desde o início do ano para fazer esse levantamento, com valores atualizados. Demos entrada com esses números na Caixa Econômica Federal, e dia 29 deste mês temos uma reunião com a gerência do banco para recebermos uma resposta”, anunciou o chefe de gabinete da Seinf, Marcos Jucá.
O Governo Federal, segundo Jucá, já antecipou que para este ano não haverá investimentos no programa Minha Casa, Minha Vida. Mas existe outra alternativa. O Estado tenta acessar um recurso que está disponível desde o PAC 1, na Caixa Econômica, no valor de R$ 32,4 milhões.
Quanto aos saques que estão acontecendo nos prédios, a Seinf disse que já solicitou recursos para construção de tapumes. Com relação a vigilância, Marcos Jucá informou que não consegue colocar segurança no local por falta de recursos.
Sobre a água que está jorrando em um dos apartamentos do prédio do Bairro Congós, a Seinf informou que já solicitou a manutenção da rede hidráulica, que utiliza um sistema isolado. Até a semana que vem o problema será resolvido, segundo a secretaria.