O governo do Amapá informou nesta segunda-feira, 28, que a 51ª Expofeira é a maneira encontrada pelo Estado para estimular negócios em meio à crise econômica do país. O coordenador geral da feira, Alcir Matos, informou que o Estado vai continuar organizando o evento.
O posicionamento é quanto à recomendação do MP para que a Expofeira seja cancelada, ou apenas realizada com R$ 570 mil do orçamento da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR). O evento, disse Matos, é a maior contribuição que o Estado pode dar ao setor privado na geração de negócios e empregos. “Não é uma festa, é um evento para estimular negócios”, resumiu.
Mais de 500 micro e pequenos empreendedores individuais irão trabalhar nos 10 dias de Expofeira, além de aproximadamente 200 empresas que farão exposições de produtos e serviços nas áreas de mineração, petróleo, geração de energia, construção civil, movelaria, setor madeireiro, comércio, gastronomia, panificação, agricultura de grande escala, pesca e agropecuária, além de mais de 300 artistas locais.
“É uma feira multissetorial. Como dizer para todas essas empresas e empreendedores que estão programados para participar, que não haverá mais Expofeira. Mais de 1,8 mil deles se inscreveram e 500 irão trabalhar, além das empresas locais e de outros estados. Vem até empresa da Guiana”, descreveu Matos.
Em relação aos custos da feira, o coordenador frisou que eles serão divididos com a iniciativa privada. A geração independente de energia e as obras de readequação do Parque de Exposições estão orçadas em R$ 2 milhões. O Sebrae, que também irá administrar o evento, vai entrar com mais R$ 1 milhão.
O parque está passando por obras de revitalização e construção de novos espaços, como o Pavilhão de Negócios, espaço para esportes radicais, galerias de órgãos institucionais, espaço para restaurantes, bares, e mais de 300 estandes para empresas e órgãos, além de exposições de plantio de grãos e arena de shows e rodeio.
Grave
O procurador geral do Estado, Narson Galeno, diz que a recomendação reflete um posicionamento grave por parte do MP.
“É uma tentativa de invadir a competência administrativa do governo de realizar ou não investimentos. Aqui na PGE estamos avaliando todas as licitações e está tudo certo. Se encontrássemos algo errado mandaríamos cancelar”, disse o procurador geral do Estado, Narson Galeno.
O procurador informou ainda que os custos do Estado foram retirados da Secretaria de Comunicação e de outras pastas com necessidades menos prioritárias.
“Os orçamentos da educação, saúde, segurança e infraestrutura não foram alterados para fazer a Expofeira”, garantiu.