Em busca de apoio: Escritor mistura zumbis com teoria da comunicação

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O premiado roteirista de quadrinhos Gian Danton, pseudônimo do professor e jornalista Ivan Carlo, busca financiamento para publicar seu mais novo trabalho: O Uivo da Górgona. O e-book está em campanha no site de financiamento coletivo da Catarse. Até o dia 22 de outubro é preciso bater a meta de R$ 4 mil. A história diferente de zumbis apresenta uma crítica ao processo de massificação da humanidade.

“O nome surgiu de um livro de bolso que li quando era pré-adolescente chamado “O Olhar da Górgona”. A Górgona era a medusa, uma criatura capaz de transformar as pessoas em estátuas de pedra, ou seja, em criaturas não-humanas. Isso combinava bem com o que eu queria, que era refletir como as pessoas podem perder seu lado humano quando estão em uma multidão”, explicou Gian Danton, como é mais conhecido na literatura.

capa do livro

No Uivo da Górgona, um som transforma as pessoas em verdadeiros zumbis. Isso ocorre porque o som emitido pela Górgona destrói células cerebrais do neo-córtex e faz com que as pessoas sejam governadas pelo cérebro reptiliano. A complexidade do roteiro tem explicação.

“Isso tem a ver com algo que sempre me incomodou nos zumbis: se eles estão mortos, por que precisam comer? Na minha história a fome está associada ao fato da pessoa ser governada pelo nosso cérebro mais antigo, o instintivo”, frisou o roteirista.

Gian Danton é roteirista de quadrinhos famosos desde 1990, quando junto com o desenhista Joe Bennett, revolucionou os quadrinhos de terror trazendo a influência de autores como Alan Moore e Neil Gaiman para o Brasil. Nessas tramas o horror psicológico era evidente, já que os protagonistas enfrentavam os seus próprios medos. A exemplo, dos mais conhecidos livros, temos a Graphic Novel Manticore.

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As ilustrações são de João Ovitzke e Antonio Eder

As ilustrações do livro são traços do paranaense João Ovitzke, com ajuda de Antonio Eder. O livro terá entre 250 e 300 páginas, e se uma das metas estendidas for alcançada, o volume contará também com um conto dentro do universo da história.

“É uma história de terror, então é indicado para pessoas que gostam desse gênero. Mas já publiquei partes da história na internet e recebi relatos de pessoas que não gostam de terror, mas gostaram da trama, principalmente por causa do suspense e dos personagens carismáticos”. 

Os próximos trabalhos do roteirista estão relacionados ao Doutorado, na área de Arte e Cultura Visual. Na verdade ele está projetando um álbum de quadrinhos, um livro-biogafia-fake e um documentário-fake.

 

Seles Nafes
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