Terras Caídas: Bailique voltará a ter problemas no inverno

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Dentro de 10 dias, o governo do Estado vai apresentar ao Ministério Público Federal (MPF) a comissão interdisciplinar que vai gerir as ações emergenciais no Arquipélago do Bailique, comunidade ribeirinha formada por 8 ilhas a 160 quilômetros da capital, que em março deste ano foi atingido pelo fenômeno conhecido como “terras caídas”. No total, 15 casas e o posto de saúde da comunidade foram destruídos. Ainda hoje existem casas ameaçadas.

Na terça-feira, 27, o MPF e o governo do Estado se reuniram para nivelar as ações que devem ser implementadas na região antes da chegada do inverno. Este foi o terceiro encontro entre representantes do Executivo estadual e MPF para discutir o assunto. Ficou definido também, que o Estado vai criar um grupo de estudo para compreensão do processo de erosão fluvial no Rio Madeira, e assim ajustar as ações técnicas.

A proposta é prevenir ocorrências futuras, além de atualizar o estudo do Iepa, chamado Atlas, da zona costeira do Amapá.

Frederico Medeiros, da Defesa Civil:

Frederico Medeiros, da Defesa Civil: vamos trabalhar preventivamente. Foto: Secom

Segundo o tenente coronel da Defesa Civil estadual, Frederico Medeiros, o estudo fornecerá respostas técnicas necessárias para avaliação do fenômeno, que tem ocorrido de forma acelerada.

“O estudo é fundamental para um trabalho preventivo. O fenômeno está em hibernação, devendo ser observado novamente em março de 2016, por isso, os trabalhos deverão ser iniciados em novembro”, disse o militar.

Para a ação, a Setec mobilizará cientistas e o GEA garantirá logística para realização do trabalho, como a disponibilização de barcos e voadeiras para deslocamento das equipes.

O posto de saúde do arquipélago foi atingido pela erosão

O posto de saúde do arquipélago foi atingido pela erosão

Comum na região amazônica, o desbarrancamento da margem impacta diretamente na rotina da população ribeirinha. Muitos moradores do arquipélago são obrigados a deixar suas moradias, que passam a ser consideradas como áreas de risco.

Desde abril deste ano o governo do Estado vem realizando algumas ações, de acordo com recomendações do MPF, no sentido de amenizar o problema enfrentado pela comunidade. Dentre os trabalhos já executados e em andamento, estão a recuperação do trapiche em concreto armado, reconstrução de passarelas em madeira, restabelecimento do sistema de tratamento e abastecimento de água, relocação de linhas de distribuição de energia.

Seles Nafes
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