CÁSSIA LIMA –
Um incêndio registrado na Lagoa dos Índios, Zona Oeste de Macapá, neste sábado, 21, fez com que moradores do Bairro Marabaixo acordassem, mais uma vez, com o dia nublado por causa da fumaça. Devido ao grande número de residências no entorno da lagoa, a preocupação da Defesa Civil é grande, e o monitoramento é constante.
Segundo o portal de monitoramento de queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o incêndio é um dos 735 focos registrados no Estado só no mês de novembro. A maioria dos focos tem causa humana.
O incêndio que, infelizmente, já é recorrente neste período do ano na Lagoa dos Índios, iniciou ainda durante a madrugada. A Defesa Civil do Estado aponta duas possíveis causas: a primeira é que o fogo tenha começado a partir de fogueiras feitas pelos próprios moradores das proximidades da lagoa, e a segunda, também causada pelo homem, seria ponta de cigarro jogada no mato ainda acesa.
“Naquela área atrás da faculdade FAMA, já no Bairro Marabaixo, os moradores costumam queimar lixo. É provável que um foco tenha ocasionado esse incêndio que se alastrou devido a vegetação seca”, explicou o tenente coronel Janary Picanço, da Defesa Civil.
Por voltas das 10h o fogo já chegava próximo da área da Infraero. Para quem costuma pescar na lagoa no fim de semana, o dia não começou muito bem.
“Estou pescando desde cedo aqui. Agora tá melhor que o fogo tá longe. Logo cedo meus olhos estavam lacrimejando por causa da fumaça. Toda vez que isso acontece, diminuí o número de pessoas para pescar”, comentou Júnior da Silva.
Estatísticas
Este ano, de janeiro a novembro, o INPE registrou 1.819 focos de incêndio no Amapá. Ao todo estão mapeados 426 focos em várias regiões do Estado. Os principais estão nos municípios de Tartarugalzinho, Oiapoque e Calçoene. Já em Macapá, os focos se concentram ao redor das rodovias Duca Serra, JK e AP-70.