Resenha: O Nome do Vento, de Patrick Rothfuss

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EWERTON GOMES, DO ROTOR GEEK – 

O escritor Patrick Rothuss é um escritor espetacular. A série de livros Matador do Rei, lançada em 2009, tem como o primeiro livro O Nome do Vento. O segundo livro, O Temor do Sábio, foi lançado em 2011, acreditem, é melhor que o primeiro.

E para quem não conhece a saga de Kvothe, aqui vai alguns bons motivos para ir correndo ler os livros e ficar por dentro antes que a adaptação para a TV seja lançada. O que não vai demorar, já que a notícia foi confirmada pelo autor, Patrick Rothfuss, que promete mais detalhes no futuro. Parece que “As Crônicas do Matador de Rei” finalmente encontraram um caminho muito, mas muito vantajoso mesmo!

Mas, vamos ao que interessa:

Universo diferente e detalhado

Com toda essa febre vampiros, zumbis e afins, O Nome do Vento serve para fugir desta realidade. O ambiente em que se passa a história é totalmente diferente do que você já conhece.

Patrick Rothfuss criou um cenário detalhado a nível de ninguém menos que J. R. R. Tolkien, com descrições que você imagina perfeitamente. Você verá Kote viajar pelos “Quatro cantos da Civilização” (Como é denominado o mapa), desde as sujas ruas da Beira Mar, em Tarbean, onde “sobreviveu” sua infância e se criou sozinho, até a enorme Universidade e algumas cidadelas e locais ao redor dela, onde Kote frequenta estabelecimentos, toca seu alaúde, conhece novas pessoas, faz amigos e inimigos.

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Universo diferente e detalhado digno de J R R Tolkien. Foto: Reprodução

Protagonista cativante

Design das diferentes faixas etárias de Kote, criado por Kaloian Tcherkezov, o protagonista é um homem enigmático, preso na figura de dono de hospedaria. Antes determinado a não falar de seu passado e a ser um novo homem, Kote se vê sendo “persuadido” por seu funcionário Bast, e um cronista que aparece em sua hospedaria, a relembrar suas histórias antigas. Durante três dias, Kote promete contar sua história ao cronista, porém do seu jeito e com suas regras.

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Patrick Rothfuss, mestre com as palavras. Foto: Divulgação

O homem aceita e é assim que a aventura do músico, arcanista e “sem-sangue”começa a ser relembrada. Kote conta como passou sua infância andando pelas ruas, acompanhado somente de seu alaúde e seus sacrifícios para comer e viver.

O livro mostra também como ele ingressa na universidade e todos os problemas que tem por lá, sem perder o foco na busca por Haliax e o grupo Chandriano. Você verá o que fez Kote se tornar uma lenda em seu próprio tempo.

Suspense

Além de toda a história contada pelo protagonista, alguns detalhes vão acontecendo e nos deixando curiosos. Ou seja, não é só a busca pelo grupo, mas sim, todos os momentos e reviravoltas que ele descreve, os lugares por onde ele passa e suspenses surgindo a cada página. Você não consegue parar de ler até descobrir o que acontece.

Vilão com uma história digna de série

Toda boa história tem o mocinho e o vilão, aqui não é diferente.

Você vai conhecer a infância de Kote e sua adolescencia, suas viagens em busca de respostas sobre um grupo de criaturas enigmáticas (não vou chamá-los de seres humanos) chamados chandrianos, que foram os responsáveis pela morte da trupe de artistas circenses em que Kote e sua família participavam.

Tudo isso contado pelo Kote adulto, um homem calmo e enigmático, como eu já contei no segundo tópico.

Parece que os livros de Patrick Rothfuss passaram despercebidos por boa parte do público, mas é umas das melhores séries de ficção fantástica da atualidade. Sem dúvida, Patrick é um grande maestro das palavras.

 

Muito obrigado por acompanhar o Rotor Geek e até a próxima!

Seles Nafes
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