ANDRÉ SILVA
Funcionários de cartórios de Macapá participaram de um curso que ensinou novos meios para identificar documentos falsos. Mas o treinamento também ofereceu oportunidade dos agentes terem noção sobre outra área da perícia, como cenas de crimes, por exemplo.
A grafotécnica, também conhecida como perícia caligráfica, tem como suporte ciências e disciplinas afins, como a caligrafia, a criptografia e a paleografia. Essa gama de conhecimentos não se adquire em pouco tempo, por isso o curso para os profissionais de cartórios é básico e visa identificar aquelas falsificações mais grosseiras ou que se aproximem da profissional.
Segundo o perito criminal da Polícia Civil do Distrito Federal, Cássio Almeida de Rosa, existem elementos que podem ser observados a olho nu fazendo comparações.
“A escrita é individual. Cada um tem a sua e o perito vai ter que desenvolver a habilidade de observar nesses grafismos aquilo que é particular à escrita que está sendo analisada”, explicou.
O perito afirma que todo tipo de documento é passível de falsificação no Brasil, desde carteira de identidade até o passaporte, que é bem mais difícil de falsificar.
“Temos grande incidência em carteira nacional de habilitação (CNH) e carteira de identidade. Cédulas de dinheiro também são bastante falsificadas, mas geralmente são todas muito grosseiras e de fácil identificação”, disse Cássio Almeida.