O desafio da educação inclusiva

Professores, gestores e especialista discute os meios de aprimorar na prática a inclusão de alunos portadores de deficiência em sala de aula
Compartilhamentos

ANDRÉ SILVA

Cerca de 400 alunos com algum tipo de deficiência foram matriculados no ano passado na rede de ensino do município de Macapá. Apesar da política inclusiva, as escolas não contam com professores/cuidadores para atender esse tipo de aluno, entre outras dificuldades. Esse é um dos assuntos que começaram a ser discutidos nesta segunda-feira, 22, na Primeira Jornada Pedagógica Internacional.

Além da falta de professores/cuidadores, as escolas da rede municipal de ensino não dispõem de professores capacitados para atender a alunos chamados “especiais”.  Esse tipo de aluno precisa de uma atenção diferenciada para que possa ter um bom desempenho escolar. Diferente dos outros, na maioria dos casos eles não conseguem acompanhar os demais alunos e acabam ficando retidos em alguma série.

Para amenizar essa situação, as escolas trabalham com esse tipo de aluno em turnos diferentes ao que ele está matriculado, é o que diz a coordenadora da Divisão de Educação Especial da Secretaria Municipal de Educação, Sara Medeiros.

Uma das principais dificuldades é a falta de professores/cuidadores

Uma das principais dificuldades é a falta de professores/cuidadores

“A partir do momento em que o aluno entra na escola, ele participa das aulas normalmente com outros alunos e no contra-turno eles têm o Atendimento Educacional Especializado, é nesse momento que serão feitas as adaptações para esse aluno e trabalhadas as especificidades de cada um”, explicou.

Segundo a coordenadora informou, o número de crianças com algum tipo de deficiência que ficam reprovadas é muito baixo, mas, ela não soube informar a quantidade exata.

Sara Medeiros, coordenadora de Educação Especial: adaptações para atender melhor

Sara Medeiros, coordenadora de Educação Especial: adaptações para atender melhor. Fotos: André Silva

“Nós procuramos trabalhar o professor para que ele possa identificar e acolher esse tipo de aluno. O professor precisa estar preparado para recebê-los e é isso que nós estamos discutindo aqui na jornada”, informou secretária de Educação de Macapá, Dalva Figueiredo.

Segundo Dalva, os professores vêm sendo preparados nos últimos anos, mas agora o objetivo é fazer com que eles vejam pelo lado da inclusão desse alunos e não somente identificá-los apenas como portadores de deficiência. Segundo ela, há no município escolas que já fazem um bom trabalho na inclusão desses alunos.

Secretária de Educação, Dalva Figueiredo: professores vem sendo preparados não apenas para identificar a deficiência

Secretária de Educação, Dalva Figueiredo: professores vem sendo preparados não apenas para identificar a deficiência

Nos cinco dias de jornada, além da inclusão de alunos com deficiência, será discutido o aperfeiçoamento da Base Nacional Comum, que é a base para a renovação e o aprimoramento da educação básica como um todo.

Docentes e pesquisadores de todo país participam da criação dessa plataforma que é um salto para o aprimoramento do ensino no país.

A Primeira Jornada prossegue até a sexta-feira, 26, no auditório do Sebrae. O evento está sendo transmitido ao vivo e para assistir basta acessar o site da prefeitura de Macapá no endereço www.macapa.ap.gov.br.

Seles Nafes
Compartilhamentos
Insira suas palavras de pesquisa e pressione Enter.
error: Conteúdo Protegido!!