ANDRÉ SILVA
Policiais femininas da PM do Amapá participaram de um seminário nesta segunda-feira, 7, voltado às habilidades emocionais. São elas que mais procuram o serviço psicossocial da corporação.
Dentro da Polícia Militar o número de mulheres é ainda menor em comparação aos homens. Segundo informações do setor psicossocial, elas são as que mais sofrem com o estresse do dia-a-dia do trabalho considerado de risco.
Por isso, a PM em alusão ao Dia Internacional da mulher, promoveu o Primeiro Seminário das Policiais Femininas da PM. O seminário busca trabalhar as habilidades emocionais da mulher militar.
Segundo a psicóloga da PM, Gorete Matos, o seminário foi idealizado devido a grande procura das policiais ao centro psicossocial em 2015. Ela diz que mesmo a maioria da corporação sendo composta por homens, são as mulheres quem mais procuram pelo serviço.
A soldado Andreia Araújo é policial há oito anos, mas além de policial ela ainda é acadêmica de Direto, mãe, noiva e ainda desempenha a função de dona de casa. Ela conta que achou a iniciativa importante para a mulher que compõe a corporação, e revela que já precisou dos serviços do departamento psicossocial da polícia.
Ela diz acreditar que polícia, por meio dessa iniciativa, reconhece a importância da mulher na PM.
“Eu já tive um problema particular no ano retrasado. Procurei o serviço da PM e fui muito bem atendida. O trabalho para quem atende ocorrências na rua é muito estressante. Espero que esse tipo de iniciativa continue”, elogiou a policial.
“Quando nós pensamos nesse seminário, pensamos em vários temas mas, o que foi escolhido, foi justamente esse que é voltado para o trabalho nas habilidades emocionais das policiais”, informou a psicóloga Gorete Matos, que trabalha no atendimento de policiais militares dentro da corporação.
Segundo a psicóloga, as policiais que procuram pelo serviço sofrem dos mais diversos problemas emocionais e psíquicos como estresse, estafa, síndrome do pânico, depressão e transtorno bipolar.
“Em função de que a mulher tem a atividade de policial, mãe, esposa e ainda ser exposta ao risco, elas são as que mais sofrem com esses transtornos”, reforça, acrescentando que o serviço não é procurado apenas por mulheres. Os policiais homens também são pacientes bastante frequentes, mas em menor número.
Gorete explica que o policial que procura o serviço passa por uma avaliação. Ele pode ser afastado, caso a avaliação identifique que o transtorno pode causar dano a ele ou a sociedade.
O seminário começou no Centro de Convenções Azevedo Picanço, no Centro de Macapá, prossegue até 18h na Escola de Administração do Amapá (EAP).